Gente, adoro
quando me surpreendo com um livro, quando não espero nada dele e sou fisgada
pelas suas páginas, principalmente quando se trata de um livro de autor
desconhecido. Foi o que aconteceu há pouco tempo ao ler “A Sereia Vermelha” de
Maurice G. Dantec, publicado pela Editora Objetiva. Comprei o livro no sebo por
R$ 10, no escuro e acho que esse que é o barato do sebo: experimentar livros
que você nunca compraria em uma livraria por não conhecer o autor ou por ser
muito caro.
Nossa avaliação - 8.0 |
Neste thriller
encontramos Alice, uma menina de 12 anos, inteligente e sagaz, que não tem um
bom relacionamento com sua mãe e padrasto (ricos e fúteis), mas que começa a
desconfiar do comportamento estranho deles e de que algo sinistro está
acontecendo em sua própria casa. É quando, levada por suas desconfianças, Alice
consegue invadir um quarto no porão de sua casa no qual era proibida de entrar.
Lá ela encontra uma fita de vídeo que após assistida revela que sua mãe é uma muito
mais que uma sereia que encanta, ela é uma sereia de sangue, pois é disso que
ela gosta: de torturar pessoas ao seu bel prazer, como em uma seita, onde o
sangue fala mais alto.
Ao descobrir
quem sua mãe verdadeiramente é, Alice foge de casa e vai até a polícia denunciar
o assassinato de sua tutora, levando a fita como evidência e reconhecendo sua
mãe e padrasto como os assassinos para as autoridades. É claro que com sua
influência, a mãe de Alice tenta desacreditá-la e pede a guarda da filha de
volta, mas ao ter o pedido negado pela polícia, orquestra-se o sequestro da
menina, que consegue fugir das garras da mãe mais uma vez. Seu salvador é Hugo,
um mercenário que se vê no meio de uma perseguição alucinada para proteger uma
menina que entrou escondida em seu carro para fugir da própria mãe. É assim que
a amizade de Hugo e Alice começa e ele fará de tudo para protegê-la e entregá-la
em segurança ao pai; um homem misterioso que vive em algum lugar de Portugal.
O livro tem um
andamento rápido, poucos erros e um visual bem interessante pelo cenário:
viajamos desde Amsterdã, passando rapidamente pela Espanha, seguindo para
Portugal. O único ponto negativo do livro trata-se das poucas passagens sobre o
passado de Hugo e sua vida como “mercenário” lutando nos conflitos da guerra da
independência da Croácia. Fatos que não acrescentam muito no desenvolvimento da
história, mas servem como justificativa para Hugo ser quem ele é e assim ajudar
Alice.
Muita
perseguição, correia e balas perdidas. Vale a pena conferir!
Já quero emprestadoooo!
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