sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

Uma sereia cor de sangue (Carla Cristina Ferreira)


Gente, adoro quando me surpreendo com um livro, quando não espero nada dele e sou fisgada pelas suas páginas, principalmente quando se trata de um livro de autor desconhecido. Foi o que aconteceu há pouco tempo ao ler “A Sereia Vermelha” de Maurice G. Dantec, publicado pela Editora Objetiva. Comprei o livro no sebo por R$ 10, no escuro e acho que esse que é o barato do sebo: experimentar livros que você nunca compraria em uma livraria por não conhecer o autor ou por ser muito caro.

Nossa avaliação - 8.0
Neste thriller encontramos Alice, uma menina de 12 anos, inteligente e sagaz, que não tem um bom relacionamento com sua mãe e padrasto (ricos e fúteis), mas que começa a desconfiar do comportamento estranho deles e de que algo sinistro está acontecendo em sua própria casa. É quando, levada por suas desconfianças, Alice consegue invadir um quarto no porão de sua casa no qual era proibida de entrar. Lá ela encontra uma fita de vídeo que após assistida revela que sua mãe é uma muito mais que uma sereia que encanta, ela é uma sereia de sangue, pois é disso que ela gosta: de torturar pessoas ao seu bel prazer, como em uma seita, onde o sangue fala mais alto.

Ao descobrir quem sua mãe verdadeiramente é, Alice foge de casa e vai até a polícia denunciar o assassinato de sua tutora, levando a fita como evidência e reconhecendo sua mãe e padrasto como os assassinos para as autoridades. É claro que com sua influência, a mãe de Alice tenta desacreditá-la e pede a guarda da filha de volta, mas ao ter o pedido negado pela polícia, orquestra-se o sequestro da menina, que consegue fugir das garras da mãe mais uma vez. Seu salvador é Hugo, um mercenário que se vê no meio de uma perseguição alucinada para proteger uma menina que entrou escondida em seu carro para fugir da própria mãe. É assim que a amizade de Hugo e Alice começa e ele fará de tudo para protegê-la e entregá-la em segurança ao pai; um homem misterioso que vive em algum lugar de Portugal.

O livro tem um andamento rápido, poucos erros e um visual bem interessante pelo cenário: viajamos desde Amsterdã, passando rapidamente pela Espanha, seguindo para Portugal. O único ponto negativo do livro trata-se das poucas passagens sobre o passado de Hugo e sua vida como “mercenário” lutando nos conflitos da guerra da independência da Croácia. Fatos que não acrescentam muito no desenvolvimento da história, mas servem como justificativa para Hugo ser quem ele é e assim ajudar Alice.


Muita perseguição, correia e balas perdidas. Vale a pena conferir!


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