sexta-feira, 2 de novembro de 2012

Qual seria a sua facção? (Carla Cristina Ferreira)



Se você amou a trilogia “Jogos Vorazes”, você vai virar fã de carteirinha da nova sensação futurista-apocalíptica de Veronica Roth, “Divergente”, publicado pela Rocco.

Nossa avaliação - 8.0
Em uma Chicago onde as pessoas vivem de acordo com os hábitos e costumes de uma determinada facção (uma espécie de tribo moderna), encontramos Beatrice. Ela foi criada na Abnegação, mas ao completar 16 anos ela (e outros jovens) precisa escolher se permanece na facção que nasceu ou se muda para Amizade, Audácia, Franqueza ou Erudição. Cada facção representa uma virtude: coragem, altruísmo, sinceridade, inteligência e amizade.

Essa separação aconteceu porque se chegou à conclusão que a guerra foi consequência de alguns aspectos da personalidade dos seres humanos. Assim cada uma das facções combate um dos males que acredita ter sido o causador da guerra que mudou o mundo que conhecemos hoje.

Assim, a Abnegação culpa o egoísmo, a Audácia a covardia, a Erudição a ignorância, a Amizade a agressividade, e a Franqueza a mentira. E foi baseado nisso que cada facção ficou responsável em administrar essa nova sociedade, onde a Abnegação fornece os líderes altruístas, a Audácia a proteção, a Amizade os conselheiros, a Erudição os cientistas e professores, e a Fraqueza os juízes. Juntos, eles acreditam terem encontrado uma razão para sobreviverem aos novos tempos.

Porém, antes da cerimônia de iniciação, que determina a que grupo se quer passar o resto da vida, Beatrice passa por um teste de aptidão no qual é revelado que ela é na verdade uma Divergente. Isso significa que ela diverge por vários caminhos e não apenas um. No seu caso, ela diverge para a Abnegação, para a Audácia e para a Erudição.

O problema de Beatrice é que ser Divergente é algo perigoso e ninguém pode saber desse segredo e, para piorar, ela não se sente tão altruísta como ela deveria ser para viver na Abnegação, mas também não sente nenhuma simpática pela Erudição, que vive atacando o estilo de vida de sua facção. Seu melhor opção? A Audácia.

E é aí que a vida de Beatrice, ou melhor, Tris, muda da água para o vinho, quando ela precisa abandonar sua família para seguir um caminho diferente, obscuro,  inesperado e audacioso.

Aqui não há nenhum triângulo amoroso; a personagem ainda é uma menininha (pelo menos para mim), mas que mostra tanta coragem quanto Katniss e é bem legal ver como ela consegue se transformar de uma menina apática para uma guerreira.

O livro basicamente foca nessa transformação de Tris e nas dificuldades que ela enfrenta para se tornar parte da Audácia, pois não basta apenas escolher uma facção, é preciso mostrar que você é merecedor de pertencer à ela. Para isso, Tris terá que passar por uma iniciação que testará sua habilidade física, emocional e mental.  

Até que ponto a facção vem antes do sangue? Até que ponto é possível virar as costas para sua antiga facção e se devotar totalmente a nova? O que fazer quando não apenas sua família, mas também toda a Abnegação e a Audácia correm perigo? Quem sabe o que pode acontecer quando apenas uma facção decide prevalecer?

Se você se interessou, fique sabendo que o segundo volume “Insurgente” já foi lançado nos Estados Unidos. Agora é só aguardar o lançamento aqui no Brasil!!!


4 comentários:

  1. Estou lendo Quando acabar posto meu comentário aqui. A resenha ficou show!

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  2. Não conhecia e fiquei muito interessada em ler! Bela resenha. Como sempre, muito bem escrita. Parabéns Carlinha! Saudades de você e Renata!

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    1. Patty, se vc quiser eu tenho o pdf...

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    2. Eu vou ler o pdf ou pegar o do Thigui emprestado!!!

      beijos, Patty!

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