sexta-feira, 25 de janeiro de 2019

Há esperança na humanidade! (Lucyclenia Santana)

Olá queridos!

A resenha de hoje é de um daqueles LIVROS com letras maiúsculas e em negrito, que na minha visão deveriam ser lidos por todos, daqueles que tocam lá no fundo da alma e que, com certeza, irá te emocionar, assim como também me emocionou. Estamos falando de nada mais, nada menos que "Sonata em Auschwitz", de autoria da brasileirinha Luize Valente, lançado pela Editora Record. 

Nossa avaliação: 10.0

Amália é portuguesa, filha de imigrante alemão, cuja família imigrou para Portugal após a segunda guerra mundial. Conversas sobre o tema foram banidas por seu pai, que criou até inimizade com os demais membros da família devido ao seu posicionamento contra o nazismo.

A história começa a se desenrolar logo nas primeiras páginas, quando Amália chega em casa e sem querer ouve uma ligação, onde a sua bisavô Frida, já com idade centenária, procura o seu pai para tratar assuntos de família. Sabendo que o pai abomina o passado e não quer ter envolvimento com os membros da própria família, Amália, sem o conhecimento do pai, pede que sua bisavó lhe conte esse passado da família.

Dias após o encontro, Frida vem a falecer e, atendendo ao pedido da sua bisa, Amália parte para o Rio de Janeiro a procura de Adele e Haya que são peças fundamentais para o desvendamento desse passado obscuro.

"Olhar pra trás é como entrar na contramão em uma avenida movimentada".

Amo demais um grupo que me faz ler temas diversos, me dá oportunidade de conhecer novos autores e tomar conhecimento de livros magníficos que eu normalmente não leria ou não procuraria por mim mesma, então, obrigada! #DesafioDasEstrelasForever.

Sendo este meu primeiro contato com a autora, achei sensacional a maneira que ela transmitiu sua mensagem sobre um tema pesado, de forma fluida, leve e envolvente. Com certeza, vou pôr na lista outros livros dela para serem lidos em 2019, na primeira oportunidade que surgir.

Confesso que livros acerca da segunda guerra mundial, nazismo, holocausto e Hitler, são livros que me deixam com o coração na mão. Mas, este com certeza, devido a maneira em que foi abordado, de forma envolvente e riquíssimo em detalhes, com certeza entrou pra lista de favoritos de 2018.

Estou simplesmente embasbacada com a forma que a autora encontrou para transformar um assunto tão pesado, em algo tão belo, emocionante, real e palpável. Quando digo que o livro é rico em detalhes, podem acreditar, Luize nos transporta para dentro dos campos de concentração, nos faz sentir na pele o que os personagens sentiram e passaram.

O livro é narrado em primeira e terceira pessoa, flui de forma bem rápida, porém não é um livro para ser lido às pressas. Apesar de fluido, em 90% do livro me vi com um nó na garganta e as lágrimas insistiam em surgir, o que me fez pausar a leitura em diversos momentos para digerir o que estava sendo lido e sentido, recuperar o fôlego e enxugar as lágrimas. 

"Frida foi direta, sem floreios. Jogou-me o passado que voltou a atormentá-la em pesadelos noturno. Não partiria com ele. Fridedich era o filho amado de um casamento de conveniência com Hans, alto oficial do Reich que se suicidou no fim da guerra."

Espero que gostem da resenha, dividam comigo suas opiniões.

Boa leitura.

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