sexta-feira, 2 de novembro de 2018

A aventura continua no segundo livro da distopia Eva, "Uma Vez". (Renata Lima)


Atenção, essa  resenha pode conter spoilers do primeiro livro da série, intitulado Eva. Se você ainda não leu o primeiro livro, não leia essa resenha!

O primeiro livro da série Eva acaba com a personagem principal e seu protetor Caleb chegando à Califa, uma fortaleza só de mulheres que acolhe todas aquelas que buscam refúgio por diversos motivos. Caleb é proibido de ficar e vai embora deixando Eva em segurança. Pouco tempo depois, outra mulher chega em Califa: Arden, que havia se separado de Eva e Caleb no livro anterior.

Nossa Avaliação: 7,5
Por mais que a aparente tranquilidade da vida em Califa seja tentadora, Eva percebe que precisa saber se Caleb está bem e ao saber da notícia de que um homem apareceu na cidade mais próxima usando as botas de Caleb e dizendo que tinha retirado as botas de um moribundo escondido, Eva e Arden decidem sair de Califa e ajudar Caleb. Claro, as duas caem em uma armadilha e Eva é levada para a Cidade de Areia, onde está o rei com quem ela deve se casar e Arden é levada de volta para a escola onde deverá se tornar uma procriadora.

Eva passa então a viver no castelo, cercada de luxo e riqueza, tudo bem diferente do que ela vivenciou em sua fuga e tem uma revelação bombástica que a deixa mais confusa quanto ao seu papel no mundo depois da praga.

Em sua estadia no castelo, ela toma conhecimento de que há um grupo de dissidentes que precisa de seu acesso aos documentos internos do castelo para transitarem pela cidade sem serem vistos e assim conseguirem resgatá-la de seu destino.

Assim como o primeiro livro, a leitura é bem rápida e não tem muita enrolação. São quase 300 páginas em que tudo que acontece tem relevância. É interessante ver que a personagem principal evolui de acordo com as informações que ela recebe dos personagens secundários juntamente com as coisas que ela já sabe e já passou em sua jornada no primeiro livro.

Vejo uma certa influência de "O Conto da Aia" da Margareth Atwood nessa distopia, principalmente nessa questão das meninas serem enviadas para uma escola onde aprenderão a temer os homens e depois serão enviadas para outro prédio onde serão inseminada artificialmente para se tornarem procriadoras de um novo mundo. Eu diria que é "O Conto da Aia" com uma pegada menos política e mais adolescente. Vale a pena ler!




Nenhum comentário:

Postar um comentário