quarta-feira, 1 de abril de 2015

Restam seis com o mesmo objetivo... (Lucyclenia)

Atenção, esta resenha pode conter spoillers do livro "A Seleção" primeiro livro da série que já foi resenhado aqui.
Nossa Avaliação - 100
Era impossível. Eu tinha que escolher. Aspen ou Maxon? Mas como decidir entre duas boas opções? Como decidir, se qualquer escolha deixaria parte de mim destruída?
Em "A Elite", o segundo livro da série A Seleção, das 35 garotas que nos foram apresentadas no primeiro livro, apenas seis permanecem na luta. Destas, cinco foram escolhidas pelo rei apenas por questões políticas: influencias familiares, favoritos do rei e da rainha, contatos internacionais. Porém, America não tem contato, dinheiro ou fama, apenas é a favorita do príncipe Maxon.

Nesse livro, as escolhidas passam a receber treinamento nas funções de princesa, convivem mais com a rainha e passam mais tempo com o príncipe, mas nem tudo é glamour e beleza, do outro lado da moeda os ataques rebeldes passam a ser mais violentos e frequentes.

A cada dia que se passa America fica ainda mais dividida entre o seu primeiro amor, Asper, e sentimento que desenvolve pelo príncipe Maxon. Mesmo sabendo quais são as reais intenções dele, America começa a se questionar se a coroa e a vida no palácio é realmente o que ela quer, mas se antes ela nem queria ser escolhida, esse simples questionamento já é um grande avanço.

Por fim, assim como eu, tanto Maxon quanto Aspen pareceram perder um pouco a paciência com a indecisão dela e ambos acabam exigindo que ela se decida. Vale lembrar que o príncipe nem sonhava que seu rival está no palácio!
Às vezes, acho que Maxon e eu somos a sua Seleção particular. Somos apenas ele e eu: um de nós vai ficar com você no final. Não sei quem está na pior situação. Maxon não sabe que participa da competição, então talvez não se esforce o suficiente. Já eu preciso me esconder, de modo que não posso lhe oferecer as mesmas coisas que ele. Não é um combate justo para nenhum dos dois.
Mesmo com essa indecisão da America, eu a entendo. Aparentemente ela ama Maxon mas não sabe se é a pessoa mais capacitada para assumir o cargo de princesa. Por outro lado, ela tem Aspen que sempre mostra seu valor e o quanto a ama, tentando protegê-la a qualquer custo, mas não podemos esquecer que ele partiu o coração dela e não consegue superar isso. No fim das contas, ele só está sendo insistente. Maxon, por sua vez, me fez sentir em uma montanha-russa. Quando tudo está às mil maravilhas com America, ele larga tudo, a deixa de lado e se dedica inteiramente às outras cincos participantes da Elite. Isso muito me irritou. 

Quanto aos outros personagens principais, descobrimos muito mais a respeito da história de Illéia, sua formação e a criação do injusto sistema de castas e como isso tudo começou. Já America mostra um caráter forte e justo nas questões sociais, mesmo sendo impulsiva e agindo muito pela emoção sem pensar nas consequências. Maxon se mostra bem indeciso e controlado, o que me fez odiá-lo por certas atitudes, mas no decorrer da história ele nos mostra a sua triste realidade, o motivo de agir assim, e eu até fiquei com pena dele. Já Aspen, o guarda lindo, quase não temos informações dele neste livro, o que me deixou um pouquinho frustrada, mas ele aparenta ser um cara realmente decente e honrado, merece um final feliz. E finalmente descobrimos porque Marlee estava estranha, seu segredo enfim é revelado e é impossível descrever o que senti, chorei tanto que foi preciso dar um tempo na leitura. Parecia que eu estava lá, que eu sentia sua dor. 

O rei Clarckson revela-se mais cruel e sem coração do que imaginamos e aos poucos são nos revelados os seus podres. Assim como o rei, temos Celeste, uma víbora peçonhenta da pior espécie que usa de meios sujos para desmoralizar as outras participantes desde o primeiro livro, e neste ela se supera!

Editorialmente, não já muito o que falar, além de que está tudo perfeito e lindo, principalmente a capa. Mais uma vez a Editora Seguinte está de parabéns!

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Nossa Avaliação - 100
O conto "O Guarda" nos relata partes dos acontecimentos de "A Elite" de outro ponto de vista: agora é a vez de Aspen falar! Quem leu os livros anteriores sabe que Aspen é o ex-namorado de America e agora guarda do palácio real. 

Através do conto temos a possibilidade de o conhecê-lo melhor e desvendar alguns mistérios obscuros da política do país, já que, como guarda, ele vê o ouve muita coisa, principalmente tudo que se passa no palácio, inclusive alguns segredos reais desconhecidos até mesmo por Maxon, o príncipe.

Ao se tornar guarda, ele automaticamente deixou de ser um 6 e passou a ser da casta 2, o que lhe permite proporcionar um conforto melhor para sua família. Mas, esse não é o único objetivo de Aspen, o que ele mais deseja é reconquistar o coração de America.

Se à princípio eu não tinha ido muito com a cara de Aspen, nesse conto ele se mostrou uma pessoa diferente, um rapaz respeitoso, extremamente fofo, que valoriza acima de tudo a amizade com a Lucy, uma das criadas de America. Toda essa preocupação com as pessoas me fez vê-lo de outra forma e garantir uns pontinhos a mais para ele. 

Uma leitura curta e rápida que complementou de forma interessante os outros livros da série!

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