segunda-feira, 22 de dezembro de 2014

Situações hilárias e frases de efeito (Renata Lima)


Semana passada, a Lucyclenia falou do livro "Menina de Vinte" da Sophie Kinsella e me fez lembrar de um livro da mesma autora que eu li esse ano e, na época, não tive tempo de resenhar, então vou resenhá-lo hoje!

Nossa Avaliação - 8.5
"Fiquei com o seu Número", publicado no Brasil pela Editora Record, é um livro de um gênero que não me atrai muito, o tal chick-lit, mas que acabou me conquistando por causa da escrita leve e despretensiosa da autora e da protagonista divertidíssima Poppy Wyatt.

Poppy tem uma vida aparentemente perfeita: ela está noiva de um homem de família tradicional, inteligente e perfeitinho que deu para ela um anel de noivado de esmeraldas que é uma herança de família. Mas eis que em uma festa com as amigas, Poppy tirou o anel para deixar as amigas experimentarem e não sabe que fim a peça levou!

Ao tentar recuperar a aliança carérrima, apavorada com a reação dos sogros e do noivo se sequer desconfiarem que ela perdeu a relíquia, Poppy aciona a polícia, o hotel onde estava acontecendo a festa e as amigas, mas quando sai para fazer uma nova ligação, ela é assaltada e levam seu celular. É aí que todo o drama, que já tinha começado com a perda da aliança, se intensifica, já que todos os seus contatos, pessoais e profissionais, têm aquele número de telefone.
O que vai ser de mim sem o meu celular? Como vou viver? Minhas mãos ficam procurando automaticamente o aparelho no lugar em que costumo colocá-lo no bolso. Meu instinto é mandar uma mensagem de texto para alguém dizendo: "Ai, meu Deus, perdi meu celular!" Mas como posso fazer isso sem um maldito celular? Ele é meu companheiro. … meu amigo. Minha família. Meu trabalho. Meu mundo… tudo. Sinto como se alguém tivesse arrancado de mim os equipamentos que me mantém viva.
No entanto, Deus resolve dar uma ajudinha a Poppy e ela acha outro celular dentro de uma lixeira e, sem saber que o aparelho foi descartado por uma assistente que abandonou o emprego, ela se apossa do celular e precisa tanto dele que quando o executivo, o verdeiro dono do celular, exige o aparelho de volta, ela consegue fazer um acordo com ele.

A partir desse acordo, Poppy ajudando Sam, o executivo, e Sam deixando Poppy usar o celular até recuperar o anel, uma série de situações hilárias começam a acontecer e é difícil não rir do começo ao fim do livro! Aos poucos, Sam e Poppy vão se conhecendo e como os dois têm gênios opostos e ao mesmo tempo opiniões fortes, eles começam a bater de frente desenvolvendo um relacionamento complicado.

Apesar de algumas situações parecerem um pouco surreais, eu estava tão envolvida no contexto do livro e tão feliz por ele ser menos sem-noção do que "Os Delírios de Consumo de Becky Bloom" que tudo acabou ficando verossímil e eu pude apreciar a leitura sem ficar pensando "mas isso não acontece na vida real"!

Como a Pati, minha mana do blog Alma do meu Sonho, bem frisou, chick-lit é um gênero leve, mas um tanto caricaturado, então se você jã entra na história com isso na cabeça e consegue mergulhar naquele universo, é diversão na certa!

2 comentários:

  1. Olá Rê,
    Pois é, eu tenho essa dificuldade. Chick lit é tão surreal, que me irrita e eu não consigo ver graça.
    Nesse livro especificamente, eu fiquei pensando: Como uma pessoa além de bisbilhotar fica ainda respondendo as mensagens do outro?
    Se fosse comigo, no caso de eu ficar com o celular, porque seria mais provável que eu o entregasse, eu jogaria o chip fora e compraria outro. Enfim...acho que por isso não gosto desse gênero, mas para quem gosta é um excelente livro.
    Beijos,
    Luana

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    1. Prima, é meio sem-noção sim, mas eu acho que esse foi o objetivo mesmo.
      Como eu disse, chicklit tb não é minha leitura, mas esse eu até achei engraçado. Já o tal Os Delírios de Consumo de Becky Bloom achei de uma futilidade terrível!

      Beijocas.

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