sexta-feira, 11 de abril de 2014

Tragédia e humor em uma história maravilhosa (Kelly Santos)


Hoje vou falar do livro "Sete Dias Sem Fim" do Jonathan Tropper, que conta a história de Judd Foxman. Um dia voltando pra casa mais cedo para comemorar o aniversário de sua esposa, Judd a encontra na sua própria cama com seu chefe. 

Nossa nota 9.5
Logo após esse evento, ele recebe a notícia de que seu pai faleceu e que, como último desejo, pediu que toda família cumprisse a Shivá, os sete dias de luto de acordo com as tradições judaicas. Ou seja: o cara perde a mulher, o emprego e o pai praticamente ao mesmo tempo e além disso tem que enfrentar os irmãos e a mãe em sua cidade natal da qual ele saiu há muito tempo, mas agora precisa voltar e encarar fantasmas do passado que ainda o atormentam.

Durante uma semana os membros dessa família receberão vizinhos, parentes próximos e distantes, conhecidos e quase desconhecidos, prestando suas condolências e demonstrando seus pêsames em uma série de situações embaraçosas e tragicômicas com intermináveis travessas de comidas, cigarros de maconha e bebedeiras aliadas a acertos de contas. 

À medida que as páginas passam, lembranças do pai invadem as mentes dos irmãos e fica difícil não se emocionar. Diante de tantos problemas pessoais, fica fácil perceber que apesar de não serem uma família de verdade há bastante tempo, não há dúvidas do amor entre eles e o leitor se vê repensando certas atitudes.

O que mais me chamou a minha atenção nesse livro foi o fato de ele contar uma história que tem tudo pra ser um dramalhão de marca maior, mas o autor conduz tudo tão brilhantemente que deixa e história leve e com um toque afiado de humor negro, mas que mesmo negro não deixa de ser engraçado. As situações em que Judd e sua família se metem são engraçadíssimas! Amei especialmente a mãe de Judd! Ela é uma figura, com seus decotes e peripécias. E também amei o final!

Para mim o livro é formidável e, principalmente, muito verdadeiro. Por mais cômicas que possam parecer, essas situações acontecem com muitas pessoas e as tragedias estão ai pra todos nós, certo? Com certeza, as situações podem acontecer com qualquer um, e é ai que entra a habilidade do autor em contar uma história.

Esse livro foi lançado aqui no Brasil pela Editora Arqueiro em 2013 e tem 304 páginas. Recomento sem dúvida que leiam. Só não gostei muito da capa, mas no fim valeu muito a pena.. Eu não conhecia nada do Jonathan Tropper, mas com certeza irei ler tudo que eu puder dele.


9 comentários:

  1. Me interessei em ler... quem sabe não sobra um tempinho ainda esse ano para encaixá-lo!
    Adorei a dica, Kelly!
    Beijocas

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    1. Eu achei a maneira do autor de levar a historia ótima e acho que ele é uma boa pedida para quando a gente quer dar uma relaxada de livros muito pesados...

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  2. Já li comentários positivos sobre outro livro do autor e, parece, que a abordagem leve de assuntos dramáticos é sua característica. Quero ler algo dele.
    bjo

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    1. Mi, ouvi dizer que o "Como Falar Com Um Viúvo" é muito bom! Também não li nada dele ainda!
      beijos

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    2. Esse é outro que eu quero muito ler, já ouvi dizer que é muito bom.

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  3. Parece um filme que eu vida. Não lembro o título, mas era algo como....Elizabeth town.

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    1. Elizabethtown é o filme do Cameron Crowe, né? Se for esse não é baseado em nenhum livro, mas e história faz lembrar sim, Erica!!!

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  4. ***corrigindo : no lugar de vida é vi.

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