quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

Um serial killer carismático (Carla Cristina Ferreira)

Nossa avaliação - 8.0


Aqui sempre haverá uma interação entre livros, filmes, séries e até música. Com base nessa interação surgiu há algum tempo o desejo de assistir a tão falada série “Dexter” (engraçado como precisou a série chegar o fim da 8ª temporada para a pessoa aqui se interessar). Mas o que importa é que depois de assistir a série inteira, fiquei curiosa para ler pelo menos um livro de Jeff Lindsay, pseudônimo do romancista Jeffry P. Freundlich, (aqui publicado pela Editora Planeta).

Tive um pouco de dificuldade para descobrir qual a ordem dos livros, pois não há nenhuma informação nos exemplares e já há sete livros do personagem publicados aqui, mas o bom e velho Skoob me salvou.

“Dexter – A Mão Esquerda de Deus” é o primeiro livro que traz Dexter Morgan, o especialista em borrifos de sangue que trabalha no departamento de homicídios da polícia de Miami. Dexter é aquele cara simpático, que leva rosquinhas para o trabalho e interage numa boa com todo mundo, ou quase, o sargento Doakes presente algo estranho no colega de trabalho, algo que ele não sabe explicar. O que ninguém sabe é que Dexter dá uma carona permanente a um Passageiro Sombrio: aonde um vai, o outro vai atrás, mesmo imperceptível, invisível aos olhos dos outros, o Passageiro Sombrio sempre está com Dexter e em alguns momentos ele sai do banco de trás e toma a direção, deixando Dexter como um mero espectador de seus atos. É nesse momento que o nosso carismático especialista em borrifos de sangue se transforma em um sanguinário serial killer.

Dexter passou por evento traumático aos 3 anos de idade, do qual não se recorda muito bem, e este evento o marcou de tal forma que começou a surgir neste garotinho o desejo incontrolável de matar. Percebendo tal desejo no menino, Harry – o pai adotivo e também policial – ensina Dexter a direcionar este desejo para aqueles que o merecem: bandidos e criminosos que escampam dos braços da justiça, ficando impunes e livres para continuar matando.

A natureza sombria de Dexter o permite “ver” como outros bandidos agem, assim quando sua irmã adotiva e também policial Deborah pede sua ajuda para capturar um assassino, Dexter se vê fascinado e intrigado: deve ajudar sua irmã a prender o bandido ou deve protegê-lo? É estranho, mas o “trabalho” do assassino exerce um poder sobre Dexter; ele quer conhece-lo melhor, saber como ele age. Mas por quê? O quê tanto atraiu Dexter? Só lendo o livro ou vendo a série...

O livro narrado em primeira pessoa, pelo nosso protagonista, nos transporta diretamente para dentro de sua cabeça e nos permite vislumbrar seus pensamentos mais profundos, seus medos e principalmente quando o Passageiro Sombrio assume o controle.

A série foi 90% fiel ao livro, mudando apenas o final, então sugiro que leia primeiro o livro e depois veja a primeira temporada, pois vale a pena até para ver como os momentos de reflexão de Dexter consigo mesmo passaram a ser um diálogo entre ele e o pai adotivo.

Agora estou curiosa para ler os demais livros. São eles: “Querido e Devotado Dexter” (2009), “Dexter no Escuro” (2010), “Dexter - Design de um Assassino” (2011) , “Dexter é Delicioso” (2011), “Duplo Dexter” (2012) e “Dexter em Cena” (2013).



6 comentários:

  1. "Dexter" foi uma das minhas séries favoritas (até a deplorável e última temporada). Todo mundo que curtia a série e leu os livros me recomendou. Tenho alguns volumes aqui, mas ainda não li nenhum. Preciso começar logo.
    bjo!

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    1. Realmente as duas últimas temporadas deixaram a desejar, Michelle. Sobre os livros, só qdo tiver tempo de ler os outros... Muita coisa pra ler, pouco tempo!
      Depois me diz o q achou dos livros!
      Bjs

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  2. Adorei o livro, mas... vou ser uma maldita herege agora, eu gosto mais do Dexter da série. Acho ele mais carismatico, mais enérgico. Mas eu só li esse livro, não li os outros, talvez ele se apresente mais como o personagem da serie nos outros. Sua resenha tá ótima como sempre. bjs.

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    1. Realmente o Michael C. Hall conseguiu desenvolver brilhantemente a figura do Dexter, as mudanças de humor, suas expressões, o timbre de voz do Dexter diferente do Passageiro Sombrio. Nesse ponto o protagonista da série consegue nos envolver muito mais do que no livro, resta saber se tb é assim nos outros livro, Kelly.
      Fico feliz que tenha gostado!
      Bjins

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  3. Olá!!

    Este livro está em minha lista de favoritos há um bom tempo. Dexter eu só tinha visto os trailers de comerciais, mas nunca soube do que se tratava até ler a sinopse. Uau, que personagem que é esse que é policial ao mesmo tempo que é serial killer?

    Sempre tive a dúvida: Quem veio primeiro, nesse caso: o livro ou a série?

    Até mais

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