segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

Não é um conto de fadas (Kelly Santos)


A primeira coisa que tenho que ressaltar nesse livro é a capa: achei um trabalho incrível, aquele corvo, a maça meio apodrecida com esse fundo escuro, essa lua cheia e  essa árvore  morta...  o resultado é impactante.

Nossa avaliação -  9.5
A história se inicia quando Tobias Sartorius sai da cadeia após cumprir uma pena de dez anos por ter sido considerado culpado pelo assassinato de duas moças com as quais ele já havia se relacionado, apesar de sempre alegar inocência e de nenhum dos dois corpos terem sido encontrados.

Assim que sai da cadeia, ele volta direto para a casa dos pais em uma cidadezinha do interior da Alemanha, apesar de Nadja, sua amiga de infância, ter oferecido o seu apartamento para ele ficar.

Ao chegar em casa, o sentimento que o domina é de desolação. O que antes havia sido um sítio bem cuidado e limpo, onde seus pais tinham um restaurante, o Galo de Ouro, que estava sempre cheio de vizinhos e amigos, hoje está abandonado, sujo e com pilhas de lixo acumulados nos cantos.

Imediatamente Tobias associa a decadência do sitio com a sua prisão e com a rejeição que seus pais devem ter sofrido após o ocorrido. Ele sente como o ódio da cidade por ele continua vivo, e não era para menos, já que uma das moças mortas, Laura, era de uma família conhecida na cidade e ex-namorada de Tobias, e a outra moça Stephani, apesar de nova na cidade, era conhecida e amada pela comunidade, tanto que recebeu o papel de Branca de Neve na escola e pela semelhança com a princesa de conto de fadas acabou recebendo esse apelido. (Sacou como o nome do livro se explica?)

Mas como em um thriller policial nada é o que realmente parece ser, essa historia esta repleta de histórias mal contadas e segredos obscuros, segredos esses que estão ameaçados pela volta de Tobias e pela bela e diferente Amelie, que se muda para a cidadezinha após sua mãe já não ter mais condições de cuidar da filha rebelde e decide mandá-la para morar com o pai.

Amelie logo de cara fica muito interessada em saber tudo sobre a historia de Tobias, em parte pra poder espantar o tédio que sente, em parte pelo fato de se sentir imensamente atraída por Tobias, que apesar de ser mais velho e ter fama de assassino de garotas, é um homem lindo e atraente. Logo de cara Amelie encontra discrepâncias no caso contra tobias e ai é que ela fica mais interessada ainda em descobrir a verdade.

Enquanto isso Tobias e seu pai são intimidados para que saiam da cidade e a mãe de Tobias é atacada covardemente dando abertura para a entrada da dupla de detetives Bodenstein e Pia Kirchhoff. Além do ataque à mãe de Tobias, um corpo feminino é encontrado em um terreno abandonado nos arredores da cidade, no mesmo local onde ocorreram os outros assassinatos.

O livro é ótimo, a maneira que Nele Neuhaus escreve é bem fluida e apesar da quantidade de personagens, dos nomes de pessoas e lugares todos em alemão, a leitura não é cansativa e nem demorada! Também é bom ressaltar que esse livro é o QUARTO da série Bodenstein & Kirchhoff e portanto tem muita coisa sobre eles no livro, o que pode deixar o leitor meio perdido por não ter lido nada deles ainda, mas mesmo assim não atrapalha a leitura.

Infelizmente esse é o único livro da serie ( que já conta com sete livros) que foi lançado aqui no Brasil pela editora Jangada, que está de parabéns! Como eu disse antes, o livro é bonito por fora, a capa é ótima, e um toque a mais é que em todas as páginas há uma manchinha de sangue no lugar do número da pagina.

Super recomendo a leitura para quem gosta de um bom thriller policial, com reviravoltas e mistérios.

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