quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

Desafio Skoob Janeiro: "Odiei as palavras e as amei" (Carla Cristina Ferreira)


Não sei por que demorei tanto tempo para ler esta obra prima. Posso sem sombra de dúvida dizer que este livro vai entrar na lista dos melhores do ano e olha que foi o primeiro livro lido em 2014!

Nossa avaliação - 10.0
Para quem não sabe, estamos participando do Desafio Literário Skoob 2014, no qual a cada mês temos um tema de leitura específico; no mês de janeiro o tema é um livro que virou filme ou série, pensando nisso, escolhi um super best-seller: “A Menina que Roubava Livros” de Markus Zusak, publicado pela Editora Intrínseca em 2010.

O que dizer deste livro? Apenas que amei, ri, chorei; emocionei-me em todas as esferas possíveis, não apenas por se tratar de livros (uma paixão), mas pela sensibilidade e pela beleza dos laços humanos e como estes laços conseguem transpor barreiras.

Mas estou me adiantando, vamos começar pela menina em questão, a ladra de livros Liesel Meminger, uma garotinha de 9 anos que sem saber por que é obrigada a viver longe da mãe, sendo "dada"para adoção pela própria, horas depois de testemunhar seu primeiro encontro com a Morte, quando esta levou seu irmãozinho ainda no trem. E é a própria Morte que atraída e assombrada pelos seres humanos passa a narrar a história de uma sobrevivente perpétua – “de uma especialista em ser deixada para trás”: a roubadora de livros.

Ao ser entregue aos cuidados de seus novos pais Hans e Rosa Hubermann, Liesel passa a viver cercada pelo amor do pai e seu acordeão, pela rabugice da mãe e seus xingamentos e pela amizade de Rudy Steiner, seu vizinho. Agora Liesel mora na cidade de Molching, na Alemanha, em um período conturbado da história da humanidade, quando Adolf Hilter decide ‘purificar’ seu país.

Liesel não entende nada disso; ela tem uma vaga noção que precisa dizer Heil Hilter e saber a data de aniversário do Führer. A única coisa que ela tem consciência é o seu fascínio inexplicável pelos livros, pelas palavras, mesmo sem saber lê-las, desde a morte de seu irmãozinho.

Mas ao chegar a Rua Himmel, 33 Liesel leva consigo uma lembrança do último dia que viu sua mãe e seu irmão: um livro, O Manual do Coveiro, seu primeiro roubo. A partir daí a vida Liesel passa a ser marcada pelas noites com Hans lhe ensinando as letras e pela sua sede de conhecimento até que um visitante inesperado passa a viver no porão e passa a dar outro significado as palavras que Liesel tanto ama.

São os laços de amizade entre Liesel e Max, entre Liesel e Rudy, e até mesmo entre Liesel e Ilsa Hermann que nos emocionam; sua inocência e sua sensibilidade nos afetam a ponto de questionarmos o que somos como seres humanos e em como somos capazes de atos de extrema compaixão e de extremo desprezo com a nossa própria espécie. Só a Morte para captar a essência do que realmente somos, sem distinção de raça, cor ou religião; afinal, todos morreremos um dia, sem distinção.

O livro simplesmente é lindo e impecável; é uma pena que o filme não passe a mesma emoção que o livro. Afinal, este é o desafio deste mês, um livro que virou filme, mas infelizmente não achei a adaptação das melhores, uma pena. Tinha tudo para ser um filme emocionante, apesar de a adaptação ser 70% fiel ao livro, acho que faltou o toque da Morte, sei lá...

Abaixo trailer do filme que estreia dia 31 de janeiro.




6 comentários:

  1. Adoro esse livro! Tem muita sensibilidade e falar de livros, pra mim, é fantástico! É o melhor de Zusak, os outros que li dele não chegam aos pés deste.

    Mas você já assistiu ao filme?

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    1. Bom saber que li logo o melhor livro dele!
      Assisti, sim, Celly; consegui com um amigo, em inglês. Mas sei q já há alguns sites por aí com o filme pra baixar legendado em português.

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  2. Eu simplesmente amei o livro, é de uma sensibilidade ímpar e quando fui assistir ao filme já tinha certeza de que sem a narração da Morte não seria a mesma coisa, então fui sem muita expectativa. Achei o filme bonito, fiel nos aspectos que deveria ser, mas fica a sensação de que faltou alguma coisa.
    No mais, um livro pra vida! Incrível mesmo!
    Adorei a resenha, Carlinha.
    Beijos

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    1. Como assim?! Não era a "morte" que falava no filme?! Eu achava que era.

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  3. Eu li esse livro em 2011, se não me engano, e ele entrou para a lista de melhores daquele ano e virou um dos meus preferidos. Até hoje não consegui escrever sobre ele. Sabe aqueles casos de amor arrebatador? Então. Ainda não vi o filme, mas sei que deve ser impossível manter o mesmo sentimento. Em todo caso, quero ver.
    beijo

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    1. Michelle, com certeza ele será escolhido um dos melhores livros do ano de 2014! Tb fui arrebatada por ele.
      Depois diz o que achou do filme.
      Bjins

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