sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

Memória fragmentada (Renata Lima)


Nossa Avaliação - 8.0
No livro de estreia de Michelle Hodkin, Mara Dyer é uma jovem de 17 anos que tem a vida abalada por uma tragédia. Sua melhor amiga Rachel, sua colega Claire e seu namorado recente Jude morreram soterrados no desabamento de um sanatório abandonado, ela foi a única sobrevivente.

Depois de dias em coma, Mara acorda sem se lembrar do que aconteceu, ela não sabe explicar o que ela e os outros três estavam fazendo no sanatório abandonado de madrugada e, atormentada pela perda da melhor amiga e assustada com o lapso de memória, Mara se muda para a Flórida com os pais e os irmãos, um mais velho - Daniel - e um mais novo - Joseph. Mas a mudança de ares não ajuda muito e Mara desenvolve o que ela acredita ser TEPT, Transtorno de Estresse Pós-Traumático, manifestado através de alucinações visuais e auditivas. Ela também tem a sensação de estar sendo observada e seguida o tempo todo. Para piorar a sua situação, o garoto mais popular do colégio, Noah Shaw passa a ser muito simpático com Mara e por esse motivo ela passa a ser alvo da antipatia de Anna e seu fiel guarda-costas Aiden.

O que eu gostei nesse livro é que a história te envolve. Eu li as 348 páginas em três dias e fui ficando curiosa e cada vez mais querendo descobrir qual seria o final, o que tinha acontecido no sanatório, porque somente ela tinha sobrevivido, o que a cena inicial (com um tabuleiro ouija) queria dizer e por que os "fantasmas" dos amigos ficavam aparecendo para ela? Estaria Mara ficando louca ou havia alguma coisa de sobrenatural nela?

É claro que não há explicação para tudo nesse livro porque é uma trilogia, mas o que foi revelado já dá para o leitor uma parte do quebra-cabeça. Eu até acho que eu entendi algumas coisas que ainda nem foram reveladas, mas só lendo o segundo e o terceiro livro para ter certeza.

Não é um livro ótimo no sentido da palavra, mas é um livro muito bom frente aos outros young adults que tenho lido, e traz esse universo sobrenatural sem falar de anjos, nem de vampiros, nem de lobisomens, o que por si só já é um mérito da autora. Ah, e eu gosto DEMAIS das capas (veja todas as capas abaixo), talvez só a segunda poderia ser um pouco melhor.

Lançado no Brasil pela Galera Record, o livro tem um erros bobos e até duas ou três frases que não fazem o menor sentido e passaram batidas pelo copidesque e pela revisão, mas isso, apesar de chato, não prejudica a história nem a fluidez da leitura como um todo.

Assim que a editora anunciar o lançamento do segundo livro "The Evolution of Mara Dyer" ("A Evolução de Mara Dyer" em tradução livre), eu volto para falar dele. 


3 comentários:

  1. eu adorei a resenha, e até fiquei bem interessada, se não fosse sobre mais um caso de garotas de ensino médio e ainda por cima sem memoria eu até leria. Mas mesmo com essa temática, a sua resenha me deixou curiosa.

    ResponderExcluir
  2. Eu achei interessante, Kelly. Mas eu sou suspeita pq eu gosto de livros YA.

    ResponderExcluir
  3. É perfeito o livro vale a pena ler.
    Ansiosa pelo segundo.

    ResponderExcluir