quarta-feira, 20 de novembro de 2013

Um novo grau de crueldade (Kelly santos)


"Os representantes da lei sabem que assassinos são caracterizados em uma escala de 25 graus de perversidade, desde os simples oportunistas de grau 1° aos torturadores metódicos de grau 25. O que ninguém sabe é que uma nova categoria de assassinos acaba de surgir. Apenas um homem é capaz de detê-los. Seu método: tudo que for preciso. Seu nome: Steve Dark".

Nossa nota 9.5
E é assim que se iniciam os livros da Trilogia Grau 26 de Anthony E. Zuiker (o criador da série CSI), composta pelos livros: "Grau 26: A Origem", "A Profecia Dark" e "As Revelações de Dark", protagonizados pelo perito criminal e investigador aposentado do FBI, Steve Dark. Dark é membro de uma equipe de elite que forma a Divisão de Casos Especiais, criada com o intuito de investigar crimes que desafiam a lógica e que são muito complicados para os policiais comuns. 

No primeiro livro, "Grau 26: A Origem", somos apresentados a Sqweegel, o primeiro assassino de grau 26 da história policial. Ele é cruel e mata de várias maneiras diferentes: estupra, envenena, queima, estrangula e tortura pessoas, e, ao longo de vinte, anos nunca deixou sequer uma pista. Apesar das inúmeras vítimas encontradas, nunca ninguém conseguiu chegar tão perto de prendê-lo como Steve Dark, mas infelizmente Sqweegel escapou por pouco. 

Como forma de retaliação a Dark, Sqweegel assassinou toda a sua família adotiva e Dark, no auge de seu ódio por Sqweegel, deixa a Divisão e começa uma caçada pelo mundo para tentar capturar o assassino de sua família. Mas apesar de seus contatos, Dark não tem jurisdição fora de seu país e está sempre um passo atrás de Sqweegel, chegando ao local do crime logo após Sqweegel ter feito uma nova vítima.

Acabado, desmotivado, profundamente deprimido e sem recursos, Dark desiste da caçada e se refugia em um apartamento caindo ao pedaços, se entregando à bebida. No fundo do poço, ele conhece Sibby, uma mulher incrível, que o acolhe e lhe devolve a vontade de viver. 

Passados algum tempo Sibby esta grávida e Dark parece relativamente feliz, mas sua tranquilidade aparente é abalada quando Sqweegel volta a atacar e mata justamente a amante e o filho ilegítimo do Secretário de Justiça dos Estados Unidos, acionando assim a Divisão e obrigando Dark a voltar à ativa para caçar Sqweegel. É aí que se inicia um jogo de gato e rato muito sangrento, com desafios psicológicos e embates violentos entre os dois. 

Dark tem uma maneira de entrar na mente do assassino que o ajuda a estar sempre bem próximo de Sqweegel: ele consegue pensar como o assassino e em dado momento Dark demostra que isso o incomoda e preocupa. A equipe com a qual Dark trabalha conta também com Tom Riggins e Constance Brielle. Riggins apesar de ser um sujeito durão e frio, considera Dark como um filho; já Constance além de ter um amor platônico por Dark, o tem como mentor e nutre por ele profunda admiração. 

O final do livro me deixou meio preocupada com quem seriam os familiares de sangue de Dark e qual seria o motivo dele  ter sido criado por uma família adotiva ao invés de sua família verdadeira, e o que poderia ter ocorrido com eles, mas algumas dessas dúvidas são esclarecidas no segundo livro, não todas, o que me deixou meio frustada com o segundo livro, mas isso é assunto para uma próxima resenha. Uma outra coisa que me incomodou em Dark foi o fato de ele ser meio frio em relação ao relacionamento dele com os dois agentes, Tom Riggins e Constance Brielle, principalmente com Constance que tanto o admira. 

O que me chamou muita atenção nessa serie é a interatividade. Esse é o primeiro romance digital interativo, ou seja, de tempos em tempos, uma senha é apresentada no livro para que o leitor acesse o site, e, digitando o código, tenha acesso a vídeos que mostram algumas das cenas descritas na obra. É bem interessante ver a cena que você antes só podia imaginar, e a produção ficou muito boa! Os vídeos apesar de curtos são bons e intensos e, como o autor é o criador da inovadora serie de TV "CSI", os vídeos seguem a mesma linha da série.

O livro, escrito em parceria com Duane Swiercynski, tem 426 páginas e foi lançado no Brasil pela editora Record em 2010. Ele vem com ilustrações bem sinistras a cada capitulo, o que para mim foi bem legal. Os 3 livros já estão disponíveis aqui no Brasil e eu já li o segundo e estou finalizando o terceiro. Logo, logo terá resenha dos outros dois.

Recomendo o livro para quem tem estomago forte e não tem medo do escuro, porque apesar de eu ser bem forte e estar acostumada com esse tipo de leitura, me peguei olhando em baixo da cama antes de dormir. 




6 comentários:

  1. Fiquei intrigada, quero ler esse livro. Me lembrou um pouco Chelsea Cain e a série The Following!!!

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  2. Eu assisti o episódio da série onde o Sqweegel é apresentado. E já vou começar Grau 26.

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    1. Vale muito a pena viu. Esse livro apesar de falar de um asunto meio batido, serial killer e tal, é inovador.

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  3. Gostei desse lance interativo de poder ver cenas do livro durante a leitura. Ajuda o leitor a se situar melhor na trama. Vou deixar a Rê ler primeiro, se ela disse q não vou ter pesadelos, dou uma chance ao livro.
    Estou adorando as suas resenhas, Kelly. Parabéns!

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    1. Ah Carla, muito obrigada. Achei o livro super forte e com cenas bem angustiantes. Acho que talvez dê um pouquinho de medo.

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    2. Vixi, já vi que a Carlinha vai correr!

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