sexta-feira, 11 de outubro de 2013

As Luzes da Esperança (Carla Cristina Ferreira)


Neste ano fomos brindados com a Trilogia da Névoa de Carlos Ruiz Zafón, publicados aqui no Brasil pela Suma de Letras, e finalmente após “O Príncipe da Névoa” e “O Palácio da Meia-Noite”, chegou a vez de “As Luzes de Setembro” fechar com chave de ouro.

Nossa Avaliação - 8,0
Seguindo a linha de “O Palácio da Meia-Noite” que se ambienta na Índia, Zafón nos transporta para o litoral da Normandia, visitando algumas vezes Paris. O ano é de 1937 e encontramos a família Sauvelle se mudando para a cidadezinha de Baía Azul, aonde Simone e os filhos Irene e Dorian tentarão recomeçar a vida graças ao engenheiro e fabricante de brinquedos Lazarus Jann, que contrata Simone para ser a sua governanta enquanto ele se dedica a cuidar de sua esposa enferma.

O cenário central é a mansão Cravenmoore, habitat de Lazarus que é povoado pelas suas criações: autômatos, bonecos que parecem pessoas de tão reais e que se movimentam sozinhos. As únicas pessoas de carne e osso que frequentam a casa são o seu próprio dono e sua esposa, Simone e Hannah, a cozinheira.

A vida parece perfeita para todos: Simone está muito feliz com seu trabalho, apesar de algumas tarefas inusitadas que seu patrão lhe solicita; Dorian está fascinado com a geografia de Baía Azul e as criações de Lazarus; e Irene, bem Irene conheceu Ismael, primo de Hannah, e só que saber de passear em seu veleiro, explorar grutas, o velho farol e ouvir histórias de assustar como a que fala sobre as luzes de setembro. Diz a lenda que durante um baile de máscaras em setembro, uma mulher mascarada velejou até o farol para encontrar seu amante, mas seu barco bateu contra as pedras e desde então seu espírito em forma de luzes tenta chegar ao seu destino, sempre em setembro.

Assim, tudo vai bem até que misteriosamente Hannah é encontrada morta. E é aí que um jogo mortal entre sombras e luzes começa a tomar forma, levando Irene e Ismael a lutarem contra esta sombra que se espelha sobre Cravenmoore.

Há uma clara ligação entre o primeiro e este último volume da trilogia já que ambos são ambientados em uma cidade litorânea e ter até um farol, mas apesar do denominador comum desta trilogia – a névoa – e seu costumeiro desfecho, em “As Luzes de Setembro” existe uma expectativa que não há nos outros livros. Além disso, há outros elementos que aparecem em outro livro de Zafón, como a figura do anjo e até mesmo um personagem já recorrente. Quem lembra de Andreas Corelli, hein?

A atmosfera sombria e as descrições de arrepiar a nunca de Zafón ainda estão presente quando “O lento veneno do medo começou a circular em suas veias” ou quando “Um brilho diabólico bailava em seus olhos. Uma goela protegida por dentes afiados surgiu por trás de seus lábios enrugados”.

Pena que acabou; deixará saudade!


6 comentários:

  1. Vou começar a ler a trilogia esse mês ainda , parece ser rralmente bom.

    ResponderExcluir
  2. Kelly, vc vai adorar. Zafon nos transporta para um mundo magico. Depois me diz o q vc achou. Bjins

    ResponderExcluir
  3. vou comprar logo os três , ai já leio sem pausa , acho que assim a estoria flui melhor .

    ResponderExcluir
  4. Comprei esse livro para o meu irmão. Nao achei O ENCARCERADO
    :-)

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Espero que ele goste, Inessa. Boa sorte com o presente!
      Bjs

      Excluir