quarta-feira, 18 de setembro de 2013

Felicidade Programada (Renata Lima)


Imagine uma sociedade em que você não escolhe com quem vai casar ou a profissão que vai ter? Imagine que, em alguns dias ou meses depois do seu 17o aniversário, você tivesse que ir à uma festa e esperar a imagem do seu futuro marido aparecer em um telão? E depois disso você ainda receberia uma espécie de chip com todas as informações sobre seu agora noivo? Essa é premissa de "Destino" de Ally Condie. 

Nossa Avaliação - 7.5
No dia do seu aniversário, Cassia Reyes vai ao Banquete do Par para descobrir quem será seu noivo. Depois de um leve problema técnico, ela descobre que seu futuro marido é seu melhor amigo da vida toda, Xander. (Nesse momento preciso fazer um parênteses para dizer que há um erro crasso na sinopse. Ela diz que "Quando a tela se apaga, volta a se acender por um instante, revelando um outro rosto, e se apaga de novo, o mundo de certezas absolutas que ela conhecia parece se desfazer debaixo de seus pés." Na verdade a tela não se apaga, nada disso acontece! O que realmente acontece é que, já em casa e com o chip que contém todas as informações sobre Xander, Cassia reluta um pouco em abri-lo, porque afinal de contas, o que mais ela precisa saber sobre o melhor amigo? Mas um belo dia, ela resolve abrir o chip e eis que as informações inseridas no chip não são sobre Xander, mas sobre Ky, um misterioso rapaz que chegou à cidade quando ainda era criança.

Apesar da Sociedade afirmar que tudo não passou de um equívoco, já que Ky não poderia ser incluído no sistema de pares, Cassia começa a se questionar: afinal de contas, quem é seu par perfeito, Xander ou Ky? E por que Ky não pode ser incluído no Sistema? 

Cassia passa a ver Ky com outros olhos, buscar respostas, questionando a Sociedade e as decisões que são tomadas sem consulta prévia, desde o corte de árvores porque a do vizinho é mais bonita que a sua até o próprio Sistema de Pares. A Sociedade realmente busca o conforto e a felicidade dos habitantes? O que exatamente a Sociedade quer? O que são as pílulas que cada um carrega (uma verde, uma amarela e uma vermelha) e para que exatamente cada uma serve?

O livro é mais uma distopia em que ocorre uma certa rebelião. Não é uma guerra propriamente dita como acontece em Jogos Vorazes ou Divergente, é mais um conflito interno, que com certeza vai ser intensificado no segundo livro "Travessia". A autora traz uma abordagem diferente de uma sociedade distópica, apesar de trabalhar nos mesmos conceitos "controle de mentes", "lei", "certo", "errado", pessoas levando vidas medíocres e felizes com isso e pessoas se rebelando contra o sistema e sendo excluídos dele - e às vezes se dando mal!

Como dificilmente abandono séries (com raras exceções - tipo a série House of Night), já estou lendo o segundo livro, que pretento resenhar na semana que vem! No mais o livro é fácil de ler, não tem muito romance açucarado e levanta questões bem interessantes! A capa é a mesma capa americana e as três capas juntas trazem um certo significado até fácil de desvendar!
O terceito volume se chama "Conquista" e foi lançado esse mês de Setembro!
Para quem gosta de distopia YA (young adult ou jovem adulto), é uma boa pedida!


2 comentários:

  1. Olha , eu quase sempre sigo o que vcs recomendo , mas eu tenho um serio problema com distopias ,
    acho que dessa vez eu passo.

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    1. Sério? Eu tenho gostado DEMAIS dessas últimas distopias, mas sou suspeita porque já me preparo para o Apocalipse Zumbi! KKKKK

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