sexta-feira, 5 de julho de 2013

Marcada pelo passado (Renata Lima)


Nossa Avaliação - 9.0
Quatro anos atrás, Cathy escapou de um psicopata agressivo e assustador que ela mesma deixou entrar em sua vida. Quando conheceu Lee, ela era uma jovem como qualquer outra: tinha amigas, frequentava bares e festas e tinha a certeza de que em Lee tinha encontrado o homem de seus sonhos, afirmação essa compartilhada por todo o seu grupo de amizade.

Mas aos poucos Cathy foi descobrindo que todo o carisma e charme de Lee era apenas fachada e que ele era, na realidade, um psicopata que habilmente consegue isolá-la de tudo e de todos e fazer com que ela se sinta culpada por todos os problemas dele e do relacionamento dos dois. 

Desesperada para fugir dessa relação de constantes abusos físicos, psicológicos e sexuais, Cathy decidiu recorrer às  amigas apenas para descobrir que já era tarde demais: todas tinham sido manipuladas por Lee e acreditavam que ela era louca e estava obcecada por ele.

A fuga cuidadosamente planejada não dá certo, mas de um jeito ou de outro, Cathy conseguiu fugir e descobrimos que Lee agora está preso e Cathy juntou os cacos de sua vida e se mudou para longe de todos que um dia a conheceram. 

A nova Cathy é uma mulher arredia e assustada. Obsessiva-compulsiva, ela passa seus dias em uma rotina extenuante e assustadora de insegurança e pavor quando conhece o novo vizinho Stuart, que aos poucos conquista sua confiança, incentivando Cathy a procurar ajuda para curar seu TOC (Transtorno Obsessivo-Compulsivo).

Apesar das lembranças tão nítidas e tão reais, Cathy aceita a ajuda de Stuart e começa a falar sobre seus transtornos com um amigo de Stuart. Até que um telefonema muda tudo e Cathy precisa decidir o que vai fazer de sua vida: fugir novamente ou deixar que o passado a atinja novamente?

É difícil resenhar esse livro sem usar palavras como "claustrofóbico", "psicótico", "perturbador", "verdadeiro" e "neurótico". A vida de Cathy e os abusos sofridos por ela são contados em detalhes e isso perturba profundamente, assim como os atos do transtorno obsessivo-compulsivo nos deixa absurdamente incomodados. Como alguém consegue viver checando as trancas da porta e das janelas mais de vinte vezes? Checando a posição dos talheres? 

Stuart parece ser o personagem que representa a sanidade de Cathy, o lado do anjinho que diz que tudo está bem, que ela não precisa passar por tudo aquilo, que não há perigo, que ele está ali para ajudá-la, mas Stuart não passou pelo que ela passou, ele não sabe o que é viver aterrorizado, fazendo caminhos alternativos para voltar do trabalho, checando o beco de trás escondida pela cortina.

No meio do livro, eu já vivia a paranoia junto com Cathy, parava para me perguntar se ela já tinha checado a porta de entrada do prédio, se os talheres estavam no lugar certo, se os barulhos do lado de fora do corredor eram normais ou se tinha alguém colado à porta dela, esperando que ela durma para invadir e violentá-la.

Assim como Chevy Stevens no livro "Identidade Roubada", Elizabeth Haynes conseguiu despertar em mim emoções variadas de raiva, repulsa, ódio, indignação. Ela conseguiu mexer com meus sentimentos ruins de uma forma boa e acho que esse é o papel dos livros: despertar emoções. Fazer com que a gente sinta alguma coisa, nem que seja indiferença! 

6 comentários:

  1. Nota 9.0!!! Quero ler esse livro, mas você me deixou assustada. rsrsrs
    Amei a resenha.
    Bjo

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    Respostas
    1. Foi o que eu te falei, Aline, tem cenas fortes de violência e eu realmente fiquei meio neurótica! KKKKK

      Mas eu adorei!

      Bjs

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    2. Gente ,agora quero muito ler esse livro , sempre que aposto nas dicas de vcs eu fico satisfeita com o livro. E esse parece ser bem interessante
      Bjs para vcs.

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    3. Kelly, me diz que se vc gostou depois!!!

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  2. Vei livro parece ser muito legal!
    Preciso lê-lo! kkk

    www.booksever.blogspot.com

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