sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

Adeus à águia e ao jaguar (Carla Cristina Ferreira)



Mais uma vez cheguei ao fim de uma trilogia, que vai deixar uma pontinha de saudade. Falo de “As Aventuras da Águia e do Jaguar”, de Isabel Allende, publicados aqui pela Bertrand Brasil.

Nossa avaliação - 7.5
No último volume, “A Floresta dos Pigmeus”, os amigos Alex e Nádia (o jaguar e a águia) embarcam em mais uma aventura em companhia de Kate Cold e da equipe da International Geographic, agora em rumo ao continente africano.

Passaram-se mais de dois anos desde a última aventura e agora Alex começa a ver Nádia com outros olhos. Ele agora está com 18 anos e sua amiga com 15 e as mudanças começam a ficar mais evidentes, não apenas fisicamente, mas também no comportamento de cada um.

Após sobreviverem as montanhas geladas do Himalaia, a trupe é convidada a passar alguns dias em um safári na África e quando estão prestes a embarcar de volta  se deparam com um missionário que pede sua ajuda para ir até a aldeia de Ngoubé a fim encontrar seus amigos missionários, desaparecidos há meses.

Em meio a crocodilos, macacos, elefantes e cobras, nossos amigos são “resgatados” do meio da floresta por um grupo de caçadores pigmeus que, considerados inferiores aos seres humanos, são escravizados pelo rei da aldeia, Ksongo, seu comandante Mbembelé e seu feiticeiro Sombê.

Ao mesmo tempo em que nossos amigos tentam descobrir o misterioso sumiço dos missionários, eles partem em busca de acabar com o julgo de Ksongo sobre os pigmeus e os aldeões.

Mais uma vez, Allende traz uma dura realidade ao mundo dos jovens leitores: a pobreza e o descaso em que vivem a maioria das tribos africanas. Sempre tentando abrir a mente dos seus leitores, mostrando as diferenças entre os povos e tentando “acabar” com a linha divisória entre povos civilizados e os incivilizados/selvagens. Tanto que Allende, através de Kate, tenta em várias ocasiões exemplificar como a civilização se vê em um nível de superioridade: “Falamos um idioma, os outros falam dialetos”; “O que os brancos fazem é arte, mas o que as pessoas de outras raças fazem é artesanato”, e a melhor de todas talvez seja “As nossas crenças chamamos religião, às dos outros, supertição”.

É uma pena que acabou, porque vou ficar com saudades. Apesar de ser um livro infanto-juvenil, gostei bastante! Snif Snif


2 comentários:

  1. Carlinha, você ainda tem essa trilogia? Gostaria de ler. Você pretende trocar no sebo?

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    1. Esses eu não vou trocar... Está a sua disposição hehehehe

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