Engraçado como um autor maravilhoso às vezes pode acabar nos decepcionando. Foi o que aconteceu comigo ao ler “Suporte Vital” da Tess Gerritsen.
Nossa avaliação - 5.5 |
Basicamente a trama gira em torno da Dra. Toby Harper que vê sua vida ir por água abaixo ao “perder” um paciente durante o seu plantão. Quando digo perder, digo literalmente; simplesmente desapareceu e ninguém sabe para onde ele foi.
Daí em diante outros acontecimentos vão minando mais e mais a sua vida, principalmente com relação à situação de sua mãe que sofre de Alzheimer e precisa de cuidados 24h por dia. Paralelamente acaba se envolvendo em uma briga com a administração do hospital onde trabalha e com uma poderosa “empresa” do ramo de geriatria, enquanto idosos começam a morrer um após outro, inexplicavelmente.
A questão central discutida é: até que ponto somos capazes de ir para não envelhecermos, para voltarmos a ser jovens? Outra questão, até mais complexa, é o cuidado com idosos. O que fazer: deixar a mãe em casa com um babá ou colocá-la em uma casa de repouso? Isso quando, apesar de ter uma irmã, toda a responsabilidade pelo cuidado desse ser humano, cai sobre você.
Particularmente, posso dar minha opinião sobre o assunto, já que minha avó teve Alzheimer e presenciei o degradante efeito dessa doença sobre ela, enquanto minha mãe observava impotente. No meu caso, vi minha mãe abandonar o emprego para cuidar pessoalmente de minha avó, mesmo tendo mais dois irmãos mais velhos. Então tenho uma ideia de como é duro, para os dois lados.
Mas voltando ao livro, alguns assuntos ficam em aberto enquanto a solução do mistério das mortes é tão cheia de detalhes técnicos que dá vontade de pular duas páginas e mesmo não pulando, ainda não consegui engolir a explicação científica. Sem contar que o final do livro é um tanto abrupto, não deixando claro como o mocinho descobre o segredo dos bandidos e consegue salvar a mocinha a tempo.
Sinceramente, decepcionante; e olha que a Tess costuma mandar muito bem.
Que pena que esse livro é chato. O assunto me soou bem interessante. O livro me remete também à minha realidade quando trata de Alzheimer. Irônico talvez, né?!
ResponderExcluirSe não fosse tão chato eu recomendaria, principalmente no seu caso, mas realmente não vale nem a pena tentar. :-(
ExcluirInfelizmente acontece, né? Também, publicando um livro atrás do outro a qualidade acaba caindo...
ResponderExcluirPois é, fiquei chocada. Me lembrou um pouco Vianco... Manda tão bem e uns livros e em outros...
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