sexta-feira, 17 de agosto de 2012

Quais seriam os "Fantasmas do Século XX"? (Renata Lima)


Há algum tempo tenho o livro "Fantasmas do Século XX", mas enrolei muito para ler porque a lista de leitura que tenho é imensa e eu me comprometi a só começar outro livro quando terminasse de ler o "Chamada à meia-noite" da Tess Gerritsen. 
Nossa Avaliação - 9,0

Ao começar "Fantasmas do Séc. XX", não consegui mais parar. Para mim é de longe o melhor livro de Joe Hill até agora, ficando "Estrada da Noite" em segundo lugar e "O Pacto" em terceiro. O livro é uma coletânea de 16 contos publicados por Joe Hill em várias revistas americanas. O tema não necessariamente fala de fantasmas e alguns dos contos nem podem ser considerados de terror. 

Aqui, ele conseguiu passar emoção em cada conto de uma forma diferente. Sentimentos opostos e às vezes complementares são despertados: pena e raiva, afeição e repulsa, sofrimento e redenção. Cada conto traz sua dose de reflexão quanto à condição humana, os erros que todos nós cometemos ou cometeremos, o abandono, a obrigação, tudo escrito de uma forma muito honesta e às vezes até poética.

Destaco três contos que AMEI:

- O Melhor do Novo Horror conta a história de Eddie Carrol, editor de uma coleção de terror que precisa encontrar um autor novo e talentoso que escreveu um dos contos que ele quer publicar na revista. Em sua busca, ele se vê preso dentro de um conto de terror.

- Fantasma do Século XX narra a história de Alec, um menino que vê uma fantasma do seu lado durante uma sessão de cinema e se apaixona por ela, passando a tomar conta do cinema Rosebud e de seu amor.

- Pop Art, deveria ser o último conto do livro de tão maravilhoso que é, conta a história de Art, o fofo e meigo menino inflável. Amante dos livros, Art é inteligente e tem uma amizade linda com o narrador. Os dois conversam sobre tudo, principalmente sobre a morte. A dedicação dos dois amigos é de chorar. Não é um conto de terror, é o conto mais fofo do livro.

Sempre comentamos os erros de tradução e revisão dos livros, então não podemos deixar de aplaudir quando o tradutor se faz quase invisível e ao mesmo tempo tão presente, deixando o texto fluir tão fácil e tão leve. Por isso, temos que agradecer à Fernanda Abreu, que, seguindo a linha da maioria dos tradutores contemporâneos, não tem formação em tradução. Ela também traduziu o livro "O Símbolo Perdido" de Dan Brown e "As Ruínas" de Scott Smith, entre outros. Leiam um pouquinho do trabalho da Fernanda aqui.

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