sexta-feira, 20 de julho de 2012

Conspiração em "O Dossiê Pelicano" (Renata Lima)


Nossa Avaliação - 8,5
Já falamos de John Grisham aqui algumas vezes. Thrillers Jurídicos como "A Firma" e "Tempo de Matar" são sua especialidade e "O Dossiê Pelicano" não é um livro diferente no que diz respeito ao tema e à narração. A diferença deste livro é que o tema envolve pessoas do alto escalão do governo americano.

Rosenberg, um juiz idoso da Suprema Corte americana, é morto a tiros enquanto dorme. Glen Jansen, um jovem juiz também da Suprema Corte, é estrangulado em um cinema enquanto assiste um filme pornográfico. O judiciário envia para o Presidente dos Estados Unidos uma lista de indicados para ocupar os postos dos juízes mortos. O FBI, a CIA e outras agências dos EUA não têm a menor ideia do que está acontecendo. Além de serem assassinados por um profissional silencioso e hábil, o que os dois juízes têm em comum?

Quem descobre isso é a estudante de Direito Darby Shaw. Amante do professor Direito Constitucional, Thomas Callaham, um entusiasta das ideias do juiz Rosenberg e que trabalhou com ele no passado, Darby inicialmente não entende a ligação, já que Rosenberg já tinha 91 anos e Jensen foi indicado anteriormente pelo Presidente. Ela acredita que a conexão está em algo que os dois juízes concordavam.

Seguindo essa linha, Darby passa a maior parte dos dias na biblioteca, investigando os vereditos dos juízes em julgamentos antigos e casos ainda pendentes de apelação. Ela redige o então chamado Dossiê Pelicano, que dá nome ao livro e o entrega ao amante e professor, que diz que vai ao funeral de Rosenberg em Washington e que quer escrever um livro sobre o juiz que foi na verdade um grande mentor para ele.

Thomas encontra um velho conhecido, Gavin, advogado do FBI, e, brincando que a namorada mais nova tinha uma teoria sobre os assassinados, entrega o documento para que Gavin leia. Nesse meio tempo, Gray Grantham, um jornalista que já entrevistara o juiz Rosenberg algumas vezes, recebe a ligação de um homem que se diz chamar Garcia que afirma saber quem matou os juízes. Ele diz que é advogado e que encontrou um documento no escritório que não deveria ter lido e que não dorme há uma semana. Grantham descobre de ontem o homem está ligando e pede que ele ligue novamente, mas desta vez ele transfere a ligação para o celular e segue o homem, tirando fotos dele.

Passando de mão em mão, o dossiê de Darby Shaw acaba chegando à Sala Oval e, consequentemente, às mãos do Presidente. É é a partir daí que a vida de Darby Shaw vira de cabeça para baixo.

Ao sair de um restaurante, Shaw tem uma discussão com Thomas porque ele está bêbado e quer dirigir. Ela o deixa sozinho e volta para o restaurante quando de repente o carro de Thomas explode. O primeiro policial a chegar à cena é o Sargento Rupert, que a coloca no carro dele. Logo, porém, outros policiais aparecem e, ao ser levada para a delegacia, Darby descobre que não existe nenhum sargento Rupert e que o carro em que ela estava sentada tinha a placa falsa.


A partir desse evento, Darby descobre que não está protegida em lugar algum e que não pode confiar em ninguém, mas depois de fugir de mais uma tentativa de assassinato e se hospedar em um hotel, Darby vê na TV uma reportagem sobre Gray Grantham tentando descobrir o assassino dos juízes. A reportagem, infelizmente, não chama só a atenção de Darby, mas também dos mandantes do crime.

Juntos, Darby e Gray precisam sumir, continuar vivos e desvendar todo o mistério por trás dos assassinatos e a verdade por trás do dossiê.

Em 1993, o filme "O Dossiê Pelicano" foi lançado e trouxe uma parte do que deixa a gente intrigado no livro. Vale a pena assistir por ser uma linguagem diferente e tem gente que fica um pouco confusa quando o conteúdo do dossiê vai, aos poucos, sendo revelado. O filme deixa as coisas mais mastigadinhas, menos complicadas, enquanto o livro conta mais com a inteligência do leitor.

Eu diria que o filme contou a história de uma forma menos inteligente do que John Grisham. Até mesmo as cenas de ação são um tanto atenuadas. E olha que o roteirista foi o próprio autor do livro, héin! Por isso, vale a pena ler o livro, independente de já ter visto o filme. Recomendo!  

3 comentários:

  1. Uma pessoa me indicou esse livro recentemente, gostei do seu resumo. Muito Obrigado!

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    1. Que bom, Marcos. Quando acabar volte pra dizer o que você achou do livro!
      Bjs

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