Agora Asgard também é Pop! (Carla Cristina Ferreira)

Nossa avaliação - 8.0

Quem aí ficou feliz com o retorno do mestre da mitologia Rick Riordan? \o/

Isso mesmo! Como prometido o autor voltou com tudo colocando a mitologia nórdica em foco. Mas se você está pensando que vai encontrar Thor, Odin e Loki como nos filmes da Marvel, esqueça. Riordan vai fundo na “verdadeira” mitologia e nos traz personagens mais próximas das lendas, mas às vezes dando uma pintada de humor para atrair o público jovem. Utilizando a mesma forma irreverente de nos contar as lendas que já fascinaram muitos, mas colocando-as no nosso mundo real. Em “A Espada do Verão”, primeiro livro da trilogia Magnus Chase e os Deuses de Asgard, não é diferente.

Agora temos como cenário a cidade de Boston (afinal, faz sentindo já que o Olimpo fica em Nova York e o Décimo Primeiro Nomo fica no Brooklin) e como protagonista temos um personagem carismático e imã para problemas: Magnus Chase.

Magnus vive nas ruas de Boston após um misterioso acidente ter matado sua mãe há dois anos. A única coisa que se lembra do ocorrido são dos olhos azuis e frios dos lobos. Lobos? A coisa começa a complicar (começa?) quando Magnus se depara com cartazes de desaparecido com a sua foto e descobre que sua prima Annabeth Chase (ops, Annabeth? A Annabeth, namorada do Percy Jackson, filha de Atena?), o pai dela e mais o tio Randolph estão procurando por ele.

Magnus recorda-se do aviso da mãe para ficar longe de Randolph, que ele é perigoso, mas curioso, Magnus invade a casa do tio para descobrir porque só agora, depois de dois anos, o tio resolveu procurá-lo. Pego com a boca na botija, Randolph revela quem é seu pai: um deus nórdico. Sim, as lendas vikings são reais; Asgard e Valhala existem e pior, o Ragnarök (o Juízo Final) se aproxima!

Randolph começa uma ladainha sobre uma espada que pertenceu ao pai de Magnus e que agora que o garoto completou 16 anos pode reclamá-la para si. E como sempre é aí que a aventura começa... De repente Magnus se vê em uma batalha contra um gigante de fogo e para proteger os inocentes que estão no local, o garoto toma uma decisão... “Às vezes é necessário morrer para se começar uma nova vida...”; uma ideia que é reforçada logo no primeiro capítulo, intitulado “Bom dia, Você vai morrer”.

Assim começa nossa aventura pelos nove mundos que coexistem na mitologia nórdica; onde Magnus e seus novos amigos enfrentarão gigantes, anões e lobos para recuperar a Espada do Verão e impedir que a profecia do começo do Ragnarök se cumpra.

Vale mencionar que Riordan é um mestre na arte de contar histórias misturadas com lendas tão fascinantes e conseguir relacioná-las com outros dos seus trabalhos. É o caso da relação de parentesco entre Magnus e Annabeth (já nos preparando para uma possível aventura onde deuses gregos e nórdicos se encontram) e até fazendo menção a personagens romanos como Jason Grace. Sem contar que é impossível não se divertir com seus livros.

Assim como As Crônicas dos Kanes, tudo indica que teremos apenas três livros com foco nos deuses de Asgard... ahhhhhhhhhhh :’(

Mas que venha o próximo livro, “O Martelo de Thor”! J

OBS.: Valeu lembrar que como todos os livros os autor, a capa é belíssima!