terça-feira, 25 de agosto de 2015

Mais sobreviventes, mais dúvidas... (Renata Lima)


Atenção: Essa resenha pode conter spoilers do livro anterior da trilogia Sozinhos, intitulado "Caçadores".

No livro anterior, acompanhamos Jesse e seus amigos tentando sobreviver nos escombros de Nova York após um suposto atentado terrorista. No final do livro anterior, eles decidiram deixar a segurança do prédio 30 Rock e se aventurar nas ruas buscando informações e uma possível saída da cidade. Tivemos também uma revelação de cair o queixo e agora seguiremos com Jesse e os demais sobreviventes nesse mundo caótico.

Nossa Avaliação - 8.0
Logo no início do livro, Jesse encontra abrigo em uma construção e lá encontra o diário em vídeo de uma jovem chamada Felicity. No diário, Felicity afirma que iria tentar encontrar outros sobreviventes no Central Park e preciso lembrar que Jesse não tem boas lembranças do Central Park, onde encontrou um tipo diferente de Caçadores: seres inteligentes, diferente dos demais Caçadores que só querem beber desarvoradamente.

Jesse deixa uma mensagem para Felicity e abandona o local, encontrando não apenas Caçadores no meio do caminho, mas também um comboio de supostos soldados que parecem saber um pouco mais sobre o que acontecem a Nova York, mas não têm informações suficientes sobre a praga que assolou o local. O mundo inteiro está infectado? Eles não sabem. Há locais seguros, livre da doença? Eles também não sabem, mas recomendam que Jesse vá para o Norte, onde é mais frio. Parece que a doença não sobrevive ao frio sem um hospedeiro.

Os soldados, entretanto, não aceitam levar Jesse com eles e, mais uma vez, nosso herói se vê perseguido pelos Caçadores inteligentes e acaba entrando em um zoológico, onde encontra mais uma sobrevivente: Rachel, uma jovem que tem mantido os animais limpos e alimentados, mas não por muito tempo.

Na tentativa de ajudar Rachel a alimentar os animais, Jesse deixa o zoológico e, novamente perseguido, é salvo por Caleb, um jovem que vive na livraria em que trabalhava em meio aos livros e aparatos tecnológicos como videogames e filmes.

Agora Jesse, Caleb, Rachel e Felicity precisam decidir o que fazer: abandonar a cidade de Nova York e seguir para o gélido Norte ou manter o esconderijo no zoológico, fortificando as instalações e alimentando os animais enquanto sobrar comida?

Mais um livro interessante e rápido de ler, apesar da história um pouco arrastada e da minha total e completa descrença na personagem de Rachel. O mundo está acabando, há humanos caçando humanos e ela está preocupada com os animais do zoológico? Surreal. Mas, claro, ela está abalada psicologicamente e se apegando ao pouco de razão que resta em seu mundinho, fazendo das tarefas repetitivas do dia a dia uma espécie de terapia ou uma forma de negação. Enquanto ela mantiver a rotina, tudo permanece igual, então o mundo não mudou. 

De certa forma, Caleb também faz isso ao não abandonar o local em que trabalhava antes, apesar de ele sair e fazer excursões constantes ao resto da cidade. Caleb sabe o que está acontecendo, Rachel está em negação, Felicity e Jesse têm urgência em conseguir notícias, encontrar outras pessoas. O que eles decidirão fazer? Como convencer os outros de que NY oferece mais perigos do que abrigo? Saberemos no final do livro.

Os problemas de tradução e revisão continuam, acho que a editora Fundamento tinha que fazer uma nova e mais cuidadosa revisão em seus livros! Apesar disso, a história prende e vale a pena. Vou engatar o terceiro livro e volto pra falar do último e derradeiro livro dessa história.

Até a próxima!

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