terça-feira, 21 de julho de 2015

Falando poeticamente de dor e perda! (Renata Lima)


Antes de resenhar esse livro, quero agradecer ao pessoal do grupo de desafio de literatura nacional no Facebook chamado Literanacional administrado pela minha "prima" Luana Lima. Ganhei esse livro no desafio e não poderia ter sido melhor escolhido! Uma preciosidade! Obrigada!

Nossa Avaliação - 100
"Vermelho Amargo" é uma autobiografia dos momentos de infância, com seus doces e amargos, de Bartolomeu Campos de Queirós. Para quem acha que o livro, por revisitar a infância, é um livro fácil e bonito, é melhor rever seus conceitos. A infância em questão é revestida de momentos difíceis, como mortes, perdas, idas e vindas, descobertas e sofrimento.

A morte da mãe, a mulher doce e cheia de virtudes, é o pontapé inicial para o "esfarelamento" da família. Ao se casar novamente, o pai coloca em casa uma mulher fria, sem carinho, sem tato, e se entrega à bebida. E aos poucos a família se desfaz nas irmãs que saem de casa para servir à outras famílias em outros lugares, no irmão que come vidro, na irmã que só sabe tricotar. 

O que surpreende é que, apesar da crueldade dos assuntos, o autor consegue "falar" conosco usando uma linguagem muito suave e poética, o que nos encanta e nos toca mais do que se fosse uma narrativa simples e direta. Há metáforas lindíssimas, como a do tomate, a principal delas, que não vou destrinchar aqui porque acho essa a graça do livro, além das idas e voltas no tempo.

Como eu disse antes, apesar do livro não ser uma autobiografia saudosista no sentido de "como foi linda a minha infância", para mim foi uma preciosidade. O livro é curtinho, mas denso em sensações, por isso recomendo muito a leitura, principalmente porque nada do que eu disser aqui fará jus à experiência de lê-lo! E que edição linda da Cosac Naify!

Um dos que vou guardar com muito carinho!


Um comentário:

  1. Oi "prima"
    Que bom que você gostou!
    O Literacional é para isso, mostrar que a leitura nacional também é muito boa.
    Também adoro as edições da Cosac Naify.
    bjs,
    Luana

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