Nossa avaliação - 7.0 |
Fecho o mês de
janeiro com a resenha do Desafio do Skoob cujo tema foi “Novinho em folha”, isto quer dizer o último livro que
você comprou, ganhou ou baixou. Como sempre ganho livros de presente (quem
manda eu ser leitora compulsiva) não foi difícil escolher o que ler, o presente
de Natal caiu como uma luva.
Já falei aqui de “O
Oceano no Fim do Caminho” e de “Coraline”,
então falar de “O Livro do Cemitério” de Neil Gaiman vai ser fácil. Publicado
em 2010 pela Rocco e voltado mais para um público jovem, este romance de Gaiman
atrai também os fãs adultos do autor em uma história que traz um novo paradigma
sobre fantasmas, vampiros e lobisomens.
Apresento-lhes Ninguém Owens, mas conhecido como Nin
que aos 2 anos de idade consegue escapar de um destino funesto: o assassinato
de toda sua família por um homem chamado Jack. Nin refugia-se no cemitério de
sua cidade onde os habitantes de lá o aceitam como morador após este ser
adotado pelos Owens, recebendo assim este estranho nome pelo casal.
Sabendo do perigo que o menino corre, os moradores do
cemitério concedem a Nin “a liberdade do cemitério” permitindo a ele poderes
que os fantasmas possuem como Sumir, Passear nos Sonhos e o Medo. Ele também
pode falar e tocar nos fantasmas, assim como enxergar no escuro e atravessar paredes.
Suas aventuras entre a fronteira dos vivos e não-vivos
começa aos cinco anos e aos poucos ele vai aprendendo sobre a vida com os mortos,
mas sem contato com o homem; Nin cresce com uma pureza e ingenuidade sem igual,
em um mundo aonde o sobrenatural se torna comum, aonde sua curiosidade se
transforma em aprendizado.
A história de Nin cativa até certo ponto... Suas
desventuras o levam ao amadurecimento, mas se tornam um tanto repetitivas e
enfadonhas. O ponto mais tocante provavelmente é quando o menino sai escondido
do cemitério para comprar uma lápide para uma bruxa que foi enterrada em solo
não consagrado; um momento realmente emocionante. Mas tirando isso, o livro se
arrasta um pouco e o porquê do assassinato de sua família, que é a questão mais
importante, não é muito convincente, assim como a origem do “homem chamado Jack”
e de algumas Ordens/Sociedades que são mencionadas no decorrer da trama.
Um livro que entretém em um momento de ociosidade, que
possui um final previsível e que pouco nos envolve em uma trama que é descrita
como de causar arrepios, mas que só é mesmo enriquecida pelas poucas ilustrações
de Dave Mckean que entremeiam as páginas.
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