Nossa avaliação - 6.0 |
Tudo começa a
poucas semanas do Natal quando descobrem o corpo decapitado de um jovem preso à
Coluna de Marco Aurélio juntamente com a inscrição “Aquele que Peca...” feita
em sangue, provavelmente da vítima. Intrigado com o crime o jovem Guido
Sinibaldi, estudante de medicina, consegue, graças a sua amizade com o pai de
um amigo, acesso a cena do crime e começa, assim (sem mais nem menos) a investigar
o crime por pura curiosidade. É assim que ele acaba conhecendo Da Vinci e ambos
passam a investigar os crimes que passam a aterrorizar Roma.
O que tudo tinha
para dar certo, dá na verdade é muito errado. Da Vinci que deveria ser a figura
central do livro, tem um papelzinho secundário, Guido é inocente e meio bobo,
falta astúcia nele, mais sagacidade e algumas cenas são tão descabidas e
desnecessárias que o leitor ficar perguntando qual a relevância delas para a
trama, como a cena em que Da Vinci resolve introduzir Guido como um médico excepcional
durante uma festa; isso sem contar seu “envolvimento” com Flora.
O ponto alto do
livro fica por conta dos crimes em si: intrigantes e ao mesmo tempo sem relação
um com o outro até que nossos investigadores descobrem que a conexão está em
uma gravura. Mas em compensação o motivo que leva o assassino a cometer tais
atos é banal. O autor, Guillaume Prévost, poderia dar uma ênfase maior ao
assassino e desdobrar melhor sua motivação, pois é como se este tivesse
resolvido matar por matar, como se já estivesse em sua índole e não que estivesse
matando como para se vingar.
O fato de querer
mesclar a Igreja Católica como pano de fundo (o roubo de uma relíquia sagrada) poderia
ter alavancado a história, mas de alguma forma esta também fica meio deslocada,
fora de foco. Até mesmo a intriga feita com Da Vinci como se este tivesse
interesse em derrubar a cristandade, sendo um joanita (uma seita que recusa a
palavra de Jesus Cristo e vê João Batista como o verdadeiro messias), fica
perdida na trama, sem fixação, um ponto de apoio que convença o leitor desta
possibilidade. É como se tentasse jogar a atenção do leitor para outros fatos,
fatos menos relevantes, de forma a despistar o leitor, levando-o a procurar o
assassino em lugar mais plausível.
Enfim, uma
leitura ágil, mas que não convence muito, não desperta tanto o interesse por
descobrir quem é o assassino. No meu caso, a minha motivação em terminar a
leitura era saber como ela iria terminar; qual seria o desfecho que o Prévost
daria. O final bem decepcionante por sinal. Espero que os outros livros desta série
da Vertigo sejam melhores, mais envolventes e convincentes.
Minha próxima escolha será "Sete Dias em River Falls", vamos ver se sou mais sorte. :-)
Abaixo os demais títulos da série.
Genteeeeem, e eu doida pra ler esses livros. Esse realmente parece ser o mais fraco, Carlinha, porque muita gente tem elogiado Sete Dias em River Falls e Vestido de Noivo! Vou ler esse último no mês que vem!
ResponderExcluirComo sempre adorei a sua resenha e admiro muito o jeito que você descreve os livros que não gostou com uma eloquência que me falta na mesma situação!!!
Beijos
Esse realmente não é bom. Se der LEIO CONTIGO o "Vestido de Noivo"; esse tb me interessou.
ExcluirAgora eloquência.... só vc kkkkkkkkkkk
Ai que chique que vou ter vc lendo comigo! <3 <3 <3
ExcluirDei uma abandonada nesse livro porque precisava me dedicar aos estudos...
ResponderExcluirEu estava bem empolgada, aí após o terceiro, quarto capítulo comecei a pensar: isso não anda, não? Achei bem desnecessária a cena da festa, pensei: pra que isso?!
Mês que veio retomo ele para o DL do Skoob e leio outro que parece ser demais: Vestido de Noivo!!!
Beijos!
Pois é, Maura. Eu fiquei o livro inteiro com essa pergunta na cabeça: pra que isso? Ou: aonde isso vai dar? Um decepção...
ExcluirTb estou pretendendo ler "Vestido de Noivo" e quem sabe fazer uma resenha conjunta com a Rê. Vamos ver... muitas leituras para 2014 e poucos dias hehehe