Nem sempre você
gosta de um livro super aclamado. Tudo é questão de gosto. E não é a primeira
vez que isso acontece comigo... Eu já tinha quase 100% de certeza que não iria
gostar do livro que escolhi para o Desafio Skoob de fevereiro: um clássico
mundial. Como eu já tinha o livro em casa, escolhi ler “A Revolução dos Bichos”
de George Orwell, porém o livro não me cativou.
Nossa avaliação - 6.0 |
Mas vamos aos fatos...
Tudo começa na Granja do Solar que tem como dono o Sr. Jones, um homem que oprime
os animais que possui, instigando-os a trabalhar até a exaustão em troca de ração
de comida (nem sempre o suficiente para saciar a fome) e um pequeno intervalo
de descanso. Mas tudo muda quando um porco chamado Major tem um sonho profético
no qual os animais fazem uma revolução e tomam a granja de Jones.
Após a morte do
Major, os porcos, liderados por Bola de Neve, lideram a revolução, juntamente
com os demais animais da granja e expulsam Jones. A granja passa a se chamar
Granja dos Bichos e estabelecem-se alguns mandamentos que devem ser seguidos
dentro do novo regime instaurado, o Animalismo. São sete os mandamentos:
- Qualquer coisa que ande sobre duas pernas é inimigo;
- Qualquer coisa que ande sobre quatro pernas, ou tenha asas, é amigo;
- Nenhum animal usará roupas;
- Nenhum animal dormirá em cama;
- Nenhum animal beberá álcool;
- Nenhum animal matará outro animal;
- Todos os animais são iguais.
Mas logo o poder
sobe a cabeça do porco Napoleão que além de trair seu amigo Bola de Neve,
instaura aos poucos um regime ditatorial na granja, fazendo com que os animais
trabalhem até mais do que na época de Jones. Aos poucos os mandamentos vão
sendo modificados para atender ao egoísmo e a ânsia de poder de Napoleão até
eles serem completamente esquecidos pelo resto da granja.
Foi muito
interessante ver a transformação de Napoleão e como um governo, voltado para o
povo (como o socialismo se propõe), passa inesperada e sutilmente para um poder
absolutista. Também foi interessante ver como os animais se esqueciam tão
rapidamente, não apenas dos mandamentos que eles próprios haviam estabelecido no
início da revolução, como também de fatos passados quando um dos
representantes do governo manipulava um fato e transformava-o para o benefício
próprio. Por exemplo, quando Napoleão começou a apontar Bola de Neve como
traidor, alterando o ato de bravura de Bola de Neve durante uma guerra contra
os homens que queriam retomar a granja, este que foi um herói (inclusive condecorado por bravura) como o responsável pela invasão humana e instigador da mesma.
Esta questão da
memória não está muito distante de nós, já que vivemos esquecendo o que os
nossos políticos prometem e não cumprem, ou quando estes cometem algum crime e
mesmo assim são eleitos e posteriormente reeleitos. Nessa hora, ninguém lembra das m* que eles fizeram e
depois querem reclamar que o Brasil não vai para a frente.
Mas, voltando ao
livro, como disse no início, a ideia é de um brilhantismo único, mas infelizmente
algo na forma como a história foi contata não me cativou. Achei chato,
cansativo e pensei em abandonar a leitura várias vezes, mesmo tendo apenas 160
páginas.
Quem sabe gosto mais do próximo? ;-)
É um dos meus livros favoritos de todos os tempos, talvez porque no momento em que eu o li estava estudando toda essa questão política do Socialismo e como o Socialismo virou uma utopia nunca aplicada na realidade... AMO demais.
ResponderExcluirQue pena que vc não gostou tanto, Carlinha.
Beijos
Vou tentar o 1984, a Melissa disse q este é melhor...
ExcluirVamos torcer hehehe
Eu acho que você não vai gostar de 1984, mas posso estar enganada!
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