Para quem ainda não me conhece, eu sou fã de literatura de terror e suspense, por isso sou apaixonada pelas séries de TV The Walking Dead e American Horror Story (entre outras que já não são mais exibidas). Nunca fui muito fã de histórias em quadrinhos, então eu desconhecia a febre The Walking Dead até que os quadrinhos foram adaptados na série e, mais recentemente, nos livros de Robert Kirkman (o criados das HQs) e Jay Bonansinga.
Mesmo já tendo visto as duas primeiras temporadas da série, fiquei meio pé atrás de ler o livro, até que assisti ao vídeo da lindeza que é a Gabi do Viver pra Ler (apesar de discordar profundamente dela sobre o livro do Zafón que também está no vídeo) e decidir mergulhar de cabeça essa distopia e engatar um livro atrás do outro, então seguem meus singelos apontamentos sobres os dois primeiros livros da série:
Mesmo já tendo visto as duas primeiras temporadas da série, fiquei meio pé atrás de ler o livro, até que assisti ao vídeo da lindeza que é a Gabi do Viver pra Ler (apesar de discordar profundamente dela sobre o livro do Zafón que também está no vídeo) e decidir mergulhar de cabeça essa distopia e engatar um livro atrás do outro, então seguem meus singelos apontamentos sobres os dois primeiros livros da série:
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Nossa Avaliação - 9.0 |
Neste primeiro livro, "A Ascensão do Governador" nós conhecemos a verdadeira história do temido Governador Philip Blake (o terror de Woodbury) antes de se tornar o Governador e o melhor é que o livro pode ser lido tanto por fãs quanto por pessoas que nunca viram a série ou leram as HQ. Não há exatamente uma explicação para o apocalipse zumbi que se segue porque o mundo virou uma confusão sem fim e o livro é todo escrito sob a perspectiva de um grupo de sobreviventes que estão isolados do mundo: não há TV, não há rádio, não há luz elétrica, água e principalmente comida.
Philip, dois amigos - Bobby e Nick, sua filha Penny e seu irmão Brian podem parecer um grupo coeso, mas todos têm personalidades muito distintas e um único objetivo: a sobrevivência. Phillip é raivoso e explosivo e faz de tudo para proteger Penny, uma criança inocente e aterrorizada, e Brian, seu irmão covarde. Nick é religioso e Bobby é um gordo bêbado praticamente impelido pelos próprios instintos.
Em meio a fugas desesperadas, quando hordas de zumbis cercam os carros e as casas que eles invadem para passar a noite, o que mais chama a atenção no livro, é como o ser-humano pode mudar mediante ao desastre iminente, quão individualista pode-se ficar quando só há duas escolhas: viver ou morrer, mesmo que o conceito de vida seja um tanto distorcido.
Como em tantos outros livros - assim me ensinou o mestre Stephen King - nem sempre o inimigo é a peste contra a qual se combate, mas os outros humanos que se aproveitam de momentos como esses para colocar para fora o monstro que há dentro de si, justificando que para a sobrevivência vale tudo, inclusive matar um semelhante por causa de uma lata de comida.
O interessante do livro é que gostamos de pensar que em uma situação dessas todos estaremos preparados para sair por aí atirando e zumbis, partindo seus crânios com machadadas, atropelando esse monte de carne putrefata, mas não é bem por aí. Atire a primeira pedra quem não se identifica com o personagem principal, Brian, que está sempre se escondendo com a sobrinha e deixado de lado quando o circo pega fogo para só depois reaparecer para ajudar a limpar a bagunça.
A sequência final do livro é eletrizante e me deixou absolutamente sem fôlego! Seguir esses sobreviventes vai dar em um caminho sem volta que acaba na cidade de Woodbury, onde o maior monstro de todos os que conhecemos nesse livro erguerá seu império de medo e terror e montará um circo de horrores que nenhum de nós irá esquecer!
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Nossa Avaliação - 7.5 |
Lembra do que dizia o filósofo Thomas Hobbes (1588/1679): "Homem é o lobo do Homem"? Quando ele falava em "Estado de Natureza", que os homens são perfeitamente iguais, desejam as mesmas coisas e têm as mesmas necessidades, o mesmo instinto de auto-preservação? Isso se confirma nesse segundo livro "O Caminho para Woodbury" quando somos apresentados a outro grupo de sobreviventes que se unem em um acampamento para tentarem permanecer vivos.
Quase sem água e sem comida, com as defesas baixas e uma constante tensão, o acampamento onde estão Lilly Caul, nossa heroína, Josh, Bob, Megan e Scott é um barril de pólvora prestes a explodir, o que acontece logo depois de uma invasão em massa em que Lily não consegue proteger Sarah, a filha de um dos bambambãs do acampamento e o pai, em um ataque de fúria, quando mata Lily de pancada. Josh, o salvador de Lily, mata o valentão e é expulso do acampamento. Com ele vão Lily, muito machucada e precisando de cuidados médicos, o que leva Bob a se voluntariar para segui-los por ser o único com conhecimentos médicos, a periguete Megan e o chapadão Scott.
Nesse momento tudo que pode dar errado para o grupo de protagonistas dá: o inverno está chegando, os zumbis aparecem do nada, a gasolina acaba, não tem água para beber e de repente outro grupo de sobreviventes aparece e os convida para habitar a linda e bela Woodburry, chefiada pelo já estabelecido (do jeito que vimos no livro anterior) Governador e suas mãos de ferro.
O livro é bom, mas não atinge o nível dramático do primeiro, nem quando o pai de Sarah está descendo a mão em Lily. As mortes de zumbis são mais descritivas do que receitas da Ana Maria, e para mim o momento de maior tensão é quando Lily e Josh são cercados e precisam colocar fogo na casa para voltar a Woodbury e uma tragédia pior ainda se desenrolar.
O final também decepciona um pouco porque depois do final alucinante do primeiro livro você espera um gancho fenomenal para engatar o terceiro livro "A Queda do Governador Parte 1" e o gancho não vem. Você vai segurando o fôlego, segurando o fôlego e de repente morre na praia porque o "Oh meu Deus!" não vem. Talvez tenha ficado para o próximo livro, porque depois de tudo que o Governador faz, é complicado aturar a passividade dos habitantes de Woodbury. A Gabi também achou esse livro pior do que o primeiro, você pode conferir a opinião dela nesse vídeo aqui no minuto 9:48.
Editorialmente falando, eu gosto muito das capas dos livros e não percebi muitos erros de revisão e tradução, o que é um ponto positivo enorme em relação a outros livros publicados recentemente. Aqui no Brasil, os livros são publicados pela Galera Record, um selo juvenil da Editora Record.


Vocês assistem à série? Já leram as HQs? Se interessaram pelos livros? Não esqueçam de deixar seus comentários aqui embaixo!
Eu concordo com vc em gênero, numero e grau. O primeiro livro é incrível e já um dos meus favoritos, e o final é maravilhoso e Surpreendente. Já o segundo eu também não gostei, achei bem sem o mesmo ritmo do primeiro e a Lilly me matou de raiva. A primeira parte do final da serie é ótimo (pelo que eu consegui entender com o meu inglês de meia pataca né ) e eu espero que ele mantenha a pegada rápida e eletrizante. Sua resenha, como sempre, está excelente, parabéns.
ResponderExcluirObrigada pelo carinho de sempre, Kelly.
ExcluirÉ isso mesmo que eu senti, o segundo livro é mais lendo, a personagem principal é irritante, aquele acontecimento que ela provoca na casa é ridículo, mas enfim... eu estou ouvindo o audiobook do terceiro, mas como ele já está em pré-venda, acho que vou parar e esperar mais um pouquinho!
Beijos