sexta-feira, 22 de novembro de 2013

Um livro muito prejudicado pelo final (Renata Lima)


Depois de engatar "O Mirante" do Michael Connelly, "Depois da Terra" do Peter David, "The Night Children" do Alexander Gordon Smith (conto) e "Children of Men" da P.D. James, eu precisava de uma leitura leve e despretensiosa para voltar a me concentrar nas leituras pesadas que ainda estavam por vir. Minha única exigência era que tivesse um romance água com açúcar, então pensei em pegar um romance de banca, mas me deparei com um livro fininho da Novo Conceito, li algumas resenhas e me interessei.

Nossa Avaliação - 6.0
Foi assim que "O Amor Mora ao Lado" entrou na minha meta de leitura, sem muita cerimônia, contando a história de Lacey Lancaster, uma mulher preparada para ser mãe de família, que sonhava em ter uma casinha branca de varanda, um quintal e uma janela só pra ver o sol nascer, mas que é surpreendida pela traição do marido e passa por um divórcio antes dos trinta.

Disposta a viver a vida longe das lembranças do casamento falido, Lacey vai morar em um prédio com sua gata abissínia, Cléo. (Não sabe o que é gata abissínia, não tem problema, eu também não tinha a menor ideia, então segue ao lado uma fotinho da raça). Mas Lacey tem um vizinho escandaloso, Jack, que está sempre brigando com a namorada e um belo dia, irritada ao extremo porque não consegue pedir aumento ao chefe, Lacey se estressa e bate à porta de Jack reclamando do barulho.

A dita cuja da gata abissínia.
Eis que Jack também tem um gato vira-latas chamado Cão que aproveita a oportunidade e, como Cléo está no cio, dá uns pegas na gata sob o olhar estupefato de Lacey. Indignada, Lacey exige que Jack divida com ela as despesas e os futuros filhotes provenientes daquela tórrida noite de sexo felino, o que aproxima os vizinhos e faz com que Lacey comece a se abrir novamente para um novo relacionamento, apesar de achar que Jack é um galinha.

O livro é bom, bem narrado, bonitinho mesmo, mas peca em dois aspectos. O primeiro é na repetição excessiva da palavra "molenga", que eu acho que ninguém usa quando fala que não conseguiu pedir aumento ao patrão. É um tal de "você é uma molenga", "sim, eu sou molenga", "mas até mesmo uma molenga precisa comer"... Enfim, eu já estava de saco cheio dessa palavra. O segundo, e mais impactante, na minha opinião, é o final abrupto do livro. Não vou dizer como acaba, mas vou dizer que não faz muito sentido. O que acontece é que de repente virei a página e vi um monte de receita de comida de gato... Acabou? É isso? Achei muito mal concluído, muito inverossímil, deixando a impressão de que ela TINHA que terminar o livro, sentou e escreveu um final em dez minutos, se tanto.

A diagramação do livro é lindinha, com os gatinhos ilustrando as páginas, mas o livro não vai além do "bom", com alguns probleminhas de revisão (vi muitos travessões fora de lugar), mas no geral sem grandes surpresas, Não me arrependo de ter lido, mas preferia ter lido um romance de banca, acho que o final teria me agradado mais.

2 comentários:

  1. Bem, eu gostei, mas realmente o final deixou a desejar. É como se a autora tivesse se cansado de escrever e colocou qualquer coisa. O bom é que acabei achando interessante a historia que vem após as receitas de comida para gatos e baixei para ler na minha meta de leitura.

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  2. Eu adorei o seu post, principalmente porque senti a mesma coisa quando acabei o livro. Parece que o livro foi acabado as pressas, que ela não sabia como dar um final que fizesse a gente acreditar. Me senti enganada! kkkkk

    Bjs

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