segunda-feira, 29 de julho de 2013

Azincourt, mais um livro de arqueiro (Carla Cristina Ferreira)



Bernard Cornwell é um dos autores cativos aqui do blog; de tempos em tempos sempre vai pintar uma resenha sobre algum de seus livros (que são muitos e nem todos foram traduzidos ainda para o português). Hoje é a vez de “Azincourt”, publicado pela Record, um romance histórico que fala sobre uma das muitas batalhas que foram travadas na famosa Guerra dos Cem Anos, a Batalha de Azincourt.

Nossa avaliação - 5.0
O foco do livro é mostrar mais uma vez a importância dos arqueiros ingleses nas batalhas entre França e Inglaterra, que marcaram um período tempestuoso na história dos dois países. Assim como na Batalha de Crécy narrada em “O Arqueiro”, também de Cornwell, temos um excepcional arqueiro que acaba, graças à interseção dos santos São Crispim e São Crispiniano, se juntando ao exército inglês e marcando anonimamente a História.

Aqui nosso protagonista é Nicholas Hook um jovem que após atacar um padre é considerado fora da lei em seu país e que acaba fugindo para Borgonha aonde acaba se metendo em mais confusão ao defender uma francesa que está preste a ser estuprada e que obviamente se tornará sua amante, fórmula mais que conhecida do autor. O diferencial desse livro é que quase todas as decisões de Nick são tomadas pelo intermédio dos santos gêmeos que o avisa dos perigos que estão por vir. Provavelmente um dos livros com mais influência religiosa do autor.

O livro não é ruim, pelo contrário, mas após ler vários livros de Cornwell, principalmente para quem já leu a trilogia “A Busca do Graal”, vai encontrar muitas similaridades. Uma delas, por exemplo é o sobrenome dos protagonistas: será que existe alguma relação entre Nick e Thomas de Hookton (protagonista de “O Arqueiro”)? A semelhança entre ambos é tão grande que Thomas é até mencionado no livro por ter se tornado um famoso arqueiro na Batalha de Crécy.

Este é o problema de “Azincourt”: parecido demais com outro livro do autor com a mesma temática, com o mesmo pano de fundo histórico, inclusive as mesmas desvantagens são enfrentadas pelo exército inglês em ambas as batalhas. Se eu tivesse lido este livro primeiro provavelmente ele ganharia nota 7.5, mas como ele não me surpreendeu em nada, acabei dando nota 5.0 e apenas por esta razão, pois o todo o embasamento histórico e a pesquisa necessária para detalhar uma batalha de tamanha importância está presente em cada linha escrita pelo autor.

Espero apenas que o último lançamento, “1356”, tenha algum diferencial, pois o autor traz de volta Thomas Hookton em mais uma batalha contra o exército francês. O jeito é conferir o resultado...


2 comentários:

  1. Pelo menos a capa é interessantes... KKKK

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  2. Eu adoro Bernard Cornwell, mas ainda não li esse livro especificamente, eu gosto desse autor principalmente pela extrema capacidade que tem de escrever uma boa batalha, poucos autores conseguem fazer isso, em relação a romances medievais ou históricos. Ele tem muita coisa escrita e é uma pena saber dessa repetição, mas ainda assim quando der quero ler!
    bjos
    Melissa

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