sexta-feira, 21 de junho de 2013

'Esconderam' o final de House of Night? (Carla Cristina Ferreira)


Se o assunto é vampiros, não há como não falar de House of Night, uma das sagas mais rentáveis ultimamente. O último lançamento, “Escondida”, é o 10° livro da série, que até o momento tem previsão de ter mais dois livros publicados “Revealed” e “Redeemed”. Aqui a série é publicada pela editora Novo Século.

Eu já havia falado um pouco de House of Night, em um outro post, mas depois é que percebi que falei muito superficialmente sobre alguns títulos que compõe a saga, então vou falar muito rapidamente deles antes de ir ao ponto.

Vou começar com “Indomada”... Aqui Afrodite passa a ter visões sobre uma antiga lenda Cherokee sobre um anjo caído chamado Kalona e é com o surgimento desse personagem que a trama começa a ficar mais interessante a cada página.

Até “Caçada” a história permanece intrigante, cheia de acontecimentos que fazem o leitor vibrar do início ao fim, mas quando chegamos em “Tentada” já começamos a perder um pouco o ritmo e aos poucos vamos ficando com a impressão de que a história não está indo para lugar nenhum. Aqui o foco está em Stevie Rae e Rephaim e também na reunião do Conselho Supremo dos Vampiros. O final, tenho que dar o braço a torcer, é surpreendente; consequência das confusas relações de Zoey.

Aí, em “Queimada”, a coisa desanda de vez. Ao invés das autoras começarem a guiar a história para o seu fim, começa uma chata explicação sobre o bem e o mal e suas representações. Aqui o foco é resgatar Zoey com a ajuda de Stark, Afrodite e Stevie Rae.

“Despertada” é simplesmente um tédio. Aqui Stevie rouba a cena, pois toda a parte centrada em Z é chatíssima. A grande batalha entre Luz e Trevas parece se aproximar, mas independente do que acontece nesse livro, nada muda muito.

O mais chato de todos os livros, “Destinada”, não acrescenta em nada e só faz prolongar a batalha final entre Z e Neferet. Aqui a única diferença, e bem chata por sinal, é o destaque para uma personagem para lá de secundária, deixando a história ainda mais cansativa e sem propósito. No geral, o livro é pura enrolação.
E finalmente chegamos ao que interessa: “Escondida”. A história ocorre meio que simultaneamente ao final de “Destinada”, narrando os últimos eventos sob o ponto de vista de outros personagens.

Como a encheção de linguiça não pode faltar é claro que temos que perder tempo com a história da vida de Lenobia e um pouco do passado de Kalona, assim como encontramos o velho clichê da vilã que fica boazinha e da mocinha que vira mau-caráter. Podiam ser um pouquinho mais criativas, né?

Zoey está mais chata do que nunca e o que já havíamos desvendado no final de “Destinada” se confirma no final de “Escondida”, através da pedra da vidência. Tenho a impressão que estou correndo atrás do próprio rabo, pois não há nada realmente novo no livro; tudo o que foi falado aqui é apenas uma confirmação do que foi dito no livro anterior. Nada de mais, nada de menos.

Nossa avaliação - 4.0
Neferet é desmascarada, mas isso não é assim tão relevante e impactante ao ponto de mudar o rumo da trama; o final dado à ex-Grande Sacerdotisa é mais um clichê que já vimos em vários filmes de "terror".

Sei que muita gente é apaixonada pela saga e que achou esse livro o melhor de todos, mas quero deixar claro que para quem é fã de livros/filmes de vampiros a série está fugindo muito do foco. Não consigo me livrar da sensação de que as autoras estão ‘escondendo’ o final até não ter mais como desembaraçar esse ninho de mafagafo.

Pior é ainda ter que encarrar mais dois livros para finalmente dar fim a esta saga; sacrifício que faço pelo blog, pois já sei que será impossível recuperar a admiração que obtive com os primeiros seis livros da série. O que não faço por amor ao blog? ;-)

Só para relembrar, quando o 10° livro foi lançado, a Maria Fernanda Moraes, do site Saraiva Conteúdo, entrou em contato com o blog perguntando se queríamos participar de um post sobre a série House of Night. O resultado vocês conferem aqui.



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