segunda-feira, 27 de maio de 2013

Será que eu perdi alguma coisa? (Renata Lima)


Quando avaliei esse livro no Skoob, descobri uma coisa aterradora, o livro tem quase 60% de notas acima de 4 (lembrando que a nota máxima no Skoob é 5) e não pude deixar de me perguntar se eu perdi alguma coisa fenomenal ao ler o e-book, se faltaram algumas páginas, se o livro físico é de alguma forma diferente.

Para esclarecer essa situação, fui à Saraiva só pra dar uma olhada no livro e com meu Kindle em mãos comparei o conteúdo quase todo. Acho que o vendedor da Saraiva achou que eu estava com algum transtorno mental, mas aí eu expliquei pra ele o que tinha acontecido e ele disse que também leu e odiou o livro. Ufa, fiquei feliz de não ter sido a única.

Nossa Avaliação - 4.0
O livro "Cuco" de Julia Crouch conta a história de Rose, uma mulher casada com um artista plástico americano e com duas filhas, sendo uma ainda bebê que mora na Inglaterra. Mesmo contra a vontade do marido, que demonstra uma certa aversão à amiga da esposa, Rose decide acolher a amiga de infância Polly e seus dois filhos depois que o marido da amiga, o grego Christos - que depois descobrimos que era um quase-namorado de Rose que ficou encantado por Polly assim que a conheceu - morre em um acidente. As circunstâncias da morte de Christos vão aos poucos sendo reveladas.

O problema é que Polly - que um dia foi uma grande estrela da música  e agora é uma mulher amargurada e derrotada - só sabe beber e dormir e larga os filhos sob os cuidados da super-protetora Rose, que passa a ser mais mãe dos meninos do que a zero à esquerda da Polly. 

Polly está sempre desfilando de camisolas transparentes - o que para mim é muito estranho mesmo que a pessoa seja muito amiga aceitar que uma mulher ande assim dentro da SUA casa na frente do SEU marido e seus filhos - fumando, bebendo ou desfilando e Rose encara isso como algo natural porque afinal de contas "a Polly é a Polly, sempre sexy, mesmo usando um pano de chão". Muito clichê.

Obviamente a "visita" de Polly com os filhos muda a rotina da família de Rose e a "amiga" começa a mostrar para Rose um lado não tão bonzinho de própria personalidade. É possível retomar uma amizade quando há inveja ou qualquer tipo de ressentimento? E o livro é todo escrito sob a perspectiva da Rose, a mulher exemplar, boa mãe, boa esposa, boa cozinheira, tolerante com as horas e horas que o marido passa trancado no estúdio, mas não é bem assim, fique atento!

Eu poderia escrever a quantidade enorme de clichês no livro, do quanto eu achei "Mulher Solteira Procura" misturado com "A mão que balança o berço" e tantos outros filmes que mostram esse tipo de obsessão, mas o que revoltou mesmo foi o final hipócrita e sem o menor sentido! Por isso quando vejo notas 4 e 5 no Skoob, eu me contorço. Será que é isso que as pessoas esperam de uma amizade?

Vou deixar vocês julgarem depois que lerem. Então, se alguém já leu ou ainda pretende ler, deixe aqui um cometário depois. Só tomem cuidado pra não deixar spoiler, tá?

Não posso de deixar de elogiar a Novo Conceito por manter a capa original que é bem interessante.

4 comentários:

  1. Oi, Renata!
    Quando esse livro foi lançado, eu fiquei curiosa para ler, pois adoro suspenses. Mas passado um tempo, comecei a ler vários comentários reclamando dessa atitude "zen demais" da Rose e do final estranho. Acabei perdendo o interesse porque algumas das pessoas que leram e reclamaram têm o gosto parecido com o meu para leituras, ou seja, creio que também ficaria decepcionada. Daí acabei desistindo. Mas fique tranquila que você não foi a única a detestar o livro, viu?
    bjo

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    Respostas
    1. Ai, que alívio, Michelle!!! Confesso que pensei dez vezes antes de escrever esse post, porque eu realmente achei o livro ruim e vi muita gente elogiando... que alegria saber que eu não estou ficando louca (AINDA)!
      Beijocas.

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  2. Bom Re, mesmo sendo clichê e sabendo até que vou me irritar com algumas atitudes da Rose, lerei e te conto (se não morrer de raiva depois) :)
    mas gostei da sua resenha! e eu sou super crítica com livros, um saco até rs
    beijo

    Quel (livros incriveis)

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