segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

A prisão viva de Incarceron (Carla Cristina Ferreira e Renata Lima)


Nossa avaliação - 8.0

Nosso primeiro livro para leitura no grupo do facebook, por absoluta falta de outra opção, porque ninguém sugeriu outra coisa, foi "Incarceron". A prima da Renata sugeriu o livro e ela, achando que ela já tinha lido, sugeriu ao grupo, para descobrir duas semanas depois que ela NÃO tinha lido o livro! Só viu na livraria e lembrou dela. Mas, problemas à parte, gostamos muito do livro e acreditamos que todos do grupo que conseguirem chegar ao fim vão gostar!

Incarceron é uma prisão, mas não é uma prisão qualquer, é uma prisão viva, onipresente e onisciente, com olhos em todos os compartimentos. É uma prisão tão vasta que comporta inúmeras nações e dimensões, desde gigantes a prisioneiros gerados pela própria prisão com restos de matéria morta e até peças de metal.

E Finn é um dos prisioneiros. Ele faz parte de um grupo de saqueadores e, apesar de não se identificar muito com seus companheiros e com seu irmão de juramento Keiro, luta por alimento, roupa e jóias por ordem do abominável Jormanric.

Mas Finn sonha com coisas que nunca viu dentro da prisão, Finn vê estrelas e um campo verde. Sonha com pessoas com roupas esquisitas e de pele limpa. Por causa das “visões” de Finn, o Sapiente Gildas acredita fielmente nas profecias de Sapphique - um prisioneiro que fugiu da prisão e é personagem principal de inúmeras lendas conhecidas como As Lendas de Sapphique.

Fora da prisão, conhecemos Claudia, filha de John Arlex, o Diretor de Incarceron, uma figura obscura e medonha, que guarda não apenas o segredo da localização de Incarceron, mas também as mais sujas tramas do reino.

Claudia foi criada para ser a futura rainha, casando-se com o herdeiro do trono. Inteligente e astuta, ela acredita, juntamente com seu Sapiente Jared, que há algo muito suspeito na morte do primogênito do rei, com quem ela deveria se casar inicialmente. Em busca de respostas, Claudia acaba se deparando com uma descoberta muito maior e muito alarmante: a própria Incarceron.

Enquanto Finn e seus amigos buscam uma forma de escapar de Incarceron, Claudia tenta fugir do estático e computadorizado século XVIII (uma forma criada para parar o tempo e assim evitar a "ansiedade de mudança"), das intrigas, complôs, assassinatos e das garras de uma rainha déspota e manipuladora.

O livro é um pouco confuso no início, mas devagarzinho vamos pegando o ritmo e nos habituando aos dois (ou três, ou dez) mundos que coexistem ao mesmo tempo. Apesar de haver alguns trechos bastante óbvios, algumas dúvidas são levantadas ao longo da trama de forma muito sutil. Afinal o que é Incarceron? Até onde vão seus domínios? Quem é Sapphique? O que deu errado? Quem é Finn? Até onde somos livres?

Confessamos que o livro foi uma surpresa porque ambas não esperávamos um trabalho tão bom, original e instigante. Tão instigante que várias perguntas ficam sem resposta no final, deixando muitos ganchos para o próximo livro “Sapphique”, já disponível em português e que resenharemos em breve!

O filme, que teria o eterno lobinho Taylor Kautner como Finn, está na fase vai-não-vai. Originalmente a Fox tinha comprado os direitos, mas parece que agora estão desistindo do projeto. Assim que soubermos alguma novidade, comentaremos aqui!



2 comentários:

  1. Também adorei o livro. Uma pena eu ter perdido o debate :(
    Estou com muitas dúvidas sobre a história e espero ansiosamente para ler Sapphique (que estou procurando em pdf, porém só achei em inglês e espanhol). Se alguém souber onde acho...

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  2. infelizmente não pude participar de fato no debato por causa de um problema pesso que graças a Deus não passou de um susto.
    Bem,achei meio confuso, meio complexo. Tem que ter muita imaginação para entender, para compreender. A parte da fuga de Finn e a sua turma ficou meio confuso. De uma hora para outra o cenário mudava. Mas eu gostei e se um bom produtor pegar a história, dará um bom filme.
    Bem minha opinião? Para mim, Incarceron é uma prisão dentro de outra. Acho que no final das contas o mundo no qual vive Claudia é também uma prisão mais requintada e civilizada.

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