sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

A mesmice que cansa (Carla Cristina Ferreira)



Nossa avaliação - 6.0
Continuando no tema histórico/grego/mitológico, trago hoje o romance de Valerio Manssimo Manfredi, “O Exército Perdido”, publicado em 2009 pela editora Rocco. Já falei sobre Manfredi em outro post , e como gostei do livro anterior fiquei interessada em conhecer mais sobre o trabalho do autor, e como o tema também me fascina...

Só que neste romance Manfredi não consegue envolver da mesma forma que seu antecessor. Aqui encontramos uma história realista e por isso muito presa na mesmice, sem muitas elaborações. O livro narra a história de como o exército de dez mil mercenários gregos, mas especificamente espartanos descendentes de Leônidas e dos 300 de Esparta, que foram contratados, sem saber, por Ciro para destronar seu irmão, o Grande Rei do império persa.

Basicamente o livro narra as desventuras deste exército que por mais invencível e temido que fosse, acabou sendo derrotado pelos persas ao ter o seu líder assassinado. O problema é que os gregos, em especial os espartanos, haviam no passado feito uma aliança com o Grande Rei e agora se tornaram um estorvo tanto para os persas quanto para a própria Esparta. Assim, às 313 páginas focam em todos os percalços que enfrentaram para voltarem para casa.

O único fato interessante é que a história é narrada por uma mulher, Abira, que após a passagem deste magnífico exército pela sua aldeia, conheceu Xenofonte e com ele partiu para conhecer o amor e também os horrores da guerra.

Em alguns momentos Xenofonte nos brinda com pequenos trechos dos mitos gregos para esclarecer um fato à Abira, mas fora isso toda a história não passa de uma batalha aqui, uma dificuldade ali, uma superação e o ciclo recomeça.

Mesmo o livro sendo baseado em um dos relatos históricos mais importantes da época, escrito pelo próprio Xenofonte, eu espera mais, espera um pouquinho mais de ficção par deixar a história um pouco mais interessante. A ficção fica por conta do envolvimento de Abira com Xenofonte e de suas suspeitas quanto a tantas infelizes coincidências estarem atrapalhando o avanço do exército.

No geral, um livro para aqueles que realmente são apaixonados por História e querem que as lacunas sejam preenchidas por um pouquinho de ficção.



Um comentário:

  1. Realmente, vc adora esse tipo de livros. Acho que não é meu preferido.
    Mas adoro ler os posts sobre eles.

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