Como
a lista de leitura é grande, nem sempre dá para engatar um livro no outro como
eu gostaria, por isso só agora tive oportunidade de ler o segundo volume da série
infanto-juvenil de Isabel Allende, “O Reino do Dragão de Ouro”.
Nossa avaliação - 7.0 |
Após
conseguir a água da vida para sua mãe e ser a sensação do colégio - após o
regresso das terras tupiniquins -, Alex começa a amadurecer e a ver o mundo com
outros olhos, está naquele meio termo onde não somos mais crianças, mas
tampouco adultos. Sua mãe parece estar se recuperando do câncer, mas ainda
existe a possibilidade de uma regressão, o que deixa o menino apavorado; em
compensação, sua amizade com Nádia só aumenta, mesmo ela estando no Brasil.
Inconformada
que a menina não saiba nada do mundo, Kate (avó de Alex) lhe oferece uma temporada
em Nova York, só que Alex nem imagina que a amiga esteja tão perto. Kate
continua tentando ser aquela avó intragável, mas no fundo no fundo não passa de
um coração mole. Assim orquestra uma grande surpresa para o neto que está louco
para acompanhar a avó para visitar o Reino do Dragão de Ouro: chegando no
aeroporto Alex simplesmente dá de cara com a amiga que está mais que preparada
para embarcar junto nesta aventura.
O
Reino do Dragão de Ouro fica em algum lugar entre a Índia, o Tibet, o Nepal e a China, e é um país isolado do mundo onde a tecnologia de ponta é a de 20 anos atrás. O país
mal possui uma emissora de televisão e uma companhia telefônica, não existe
nenhum tipo de criminalidade e os ensinamentos de Buda regem a vida de seus
habitantes. O que atrai a atenção de Kate e sua equipe para esse lugar é que
reza a lenda que o rei é o único capaz de prever o futuro através de um
oráculo: um dragão de ouro maciço.
O
problema é que outras pessoas também estão interessadas nos segredos desse tesouro e é aí que nossos mini-heróis entram em ação.
Já
no seu destino, Nádia e outras meninas são sequestradas, mas tudo não passa de
uma distração para raptar o rei e roubar o valioso dragão. Caberá ao Jaguar
encontrar sua amiga e juntos ajudar a resgatar o rei. Para isso, contarão com a ajuda de nada mais
nada menos do que dos iétis, dos abomináveis homens da neve!
O
bacana dessa aventura de Allende é que ela cria um mundo ficcional onde a
realidade dura e crua surge para ensinar as crianças que nem tudo são flores. O
contraste entre pobreza/riqueza, saúde/doença; morte/vida está lá, às vezes de
uma forma bem brutal, mas necessária.
Apesar
de a história ser previsível, ela é bem legalzinha. É claro que não é o carro chefe
da autora, mas vale para exemplificar a versatilidade ao escrever para um
público tão diferente. Agora só falta ler o último volume “A Floresta do
Pigmeus”. \o/
Eu já tinha achado o primeiro interessante, esse também parece.
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