quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Erotismo em 50 tons (Carla Cristina Ferreira)



O novo boom do momento é o famoso livro erótico “Cinquenta Tons de Cinza” de E. L. James, lançado recentemente pela editora Intrínseca. 

Nossa avaliação - 6.0
O livro conta a história do Dominante/Amo Christian Grey e da candidata à Submissa Anastácia Steele. O dominante é um homem lindo, rico, com 27 anos, possuidor de lindos olhos cinzas e capaz de tirar o fôlego de qualquer mulher; além de ser CEO de uma grande empresa. A aspirante à submissa é uma garota comum, preste a se formar na faculdade, com alguns pretendentes (para os quais não dá a mínima bola), 21 anos e acreditem virgem. Isso lembra alguma coisa? 

Apesar do conteúdo erótico do livro (um tema que não é muito recorrente – imagino a dificuldade que a autora teve para conseguir publicá-lo), o livro me trouxe algumas semelhanças com o livro de Stephenie Meyer, no quesito virgindade de sua protagonista e no fato do “mocinho” ser filho adotivo, assim como seus irmãos Elliot e Mia, e de um de seus pais ser médico. 

Tirando as descrições de cenas eróticas e da defloração da mocinha, o livro não tem muito a acrescentar em termos de conteúdo. No máximo talvez ajude algumas mulheres a desenvolver a sua feminilidade e a descobrir a sua sexualidade. 

O ponto mais interessante do livro fica por conta de Grey que possui um passado sombrio, no qual confessa ter sido “molestado” sexualmente aos 15 anos pela amiga da mãe adotiva e ter sido subjugado sexualmente por ela (apesar de não ver isso como algo negativo), até que o marido desta descobriu tudo (o que deixa Anastácia revoltada), mas ao mesmo tempo nos dá a impressão que isso ocorreu para o bem de Grey. 

Subentende-se que este homem maravilhoso teve uma infância traumatizante na qual foi torturado por sua mãe biológica, que se prostituía para conseguir algumas pedras de crack, ao mesmo tempo em que fica implícito que Grey também passou fome em grande parte da sua infância e teve o tórax queimado por guimbas de cigarro. 

O problema do “relacionamento” deste estranho casal é que Grey não está acostumado com uma relação “normal”; para ele tudo está relacionado a sexo/dor/prazer, algo que Anastácia não está totalmente segura de que seja capaz de oferecer ao seu Amo. 

Apesar de possuir um conteúdo fraco e pouco envolvente, muitas mulheres (sem dúvida, não é um livro para homens) se sentem atraídas por esse livro talvez porque seja um “Sabrina” um pouco mais apimentado; porque venhamos e convenhamos o livro é bem explícito em todos os detalhes. O que me leva a imaginar qual será a classificação do filme quando este chegar às telinhas. 

Mesmo com todo o mistério que ronda a infância de Grey e sua obsessão por controle e sexo/punição/prazer, não vi necessidade de a autora escrever uma trilogia. Realmente não há conteúdo para tudo isso, mas vou levar até o fim só para ver qual é. 

Resumindo: um livro bem água com açúcar. Ou seria algo mais chocolate com pimenta? Bastante pimenta... 

12 comentários:

  1. Esse livro promete! Mais unzinho para a lista.
    Ai que calor.....

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    1. Só calor? Calor é pouco! Sugiro que leia acompanhada do maridão.
      Pode ter certeza que a noite será tórrida!

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  2. Quem tiver interesse, eu tenho o livro em word!

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    1. Vc pode posta aq!?

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    2. Não dá pra postar aqui, mas deixa seu e-mail que a gente envia!

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  3. As reportagens que têm saído sobre o livro são mto interessantes. Inclusive uma da Veja bem completinha:

    http://veja.abril.com.br/blog/ricardo-setti/tag/cinquenta-tons-de-cinza/

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  4. Resumindo: achei o primeiro livro médio, o segundo bom e o terceiro um saco.

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  5. Oi meninas... Uma leitora de meu blog INFLUÊNCIA DE MULHER me indicou a leitura deste livro, porque tinha despertado nela o desejo da separação do marido (coisa estranha de se ler). Ela pedia um artigo sobre casamento que citasse este livro. Eu não conhecia este romance e vim pesquisar aqui (sabia que eu ia encontrar algo). Carla, obrigada. Sua resenha me ajudou muito. Ah! Se ainda tiver o livro em word me envia por favor por e-mail. Eu vou lê-lo antes de preparar meu artigo no meu blog. Parabéns pelo blog meninas. Continuo encontrando tudo que procuro sobre livros, aqui.

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    1. Patty, acabei de mandar por seu yahoo... Bjs!!

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    2. Sinceramente, sem querer julgar ninguém, acho que o livro vende um peixe que não existe. O prazer feminino é atingido em TODAS as relações sexuais, o homem cobre a mulher de presentes e possessividade. Acho que tem que estar muito insatisfeita com o casamento para deixar-se levar por um livro de ficção tão surreal. Também acho algo muito estranho de se ler, meninas.

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  6. Desde o começo eu imaginei que o livro fosse mexer com a cabeça de muitas mulheres casadas, sim, no sentido de quererem dar aquela apimentada na relação; sair do mesmismo e da rotina que alguns casamentos acabam tendo, mas nunca pensei q alguém fosse chegar ao ponto de querer se separar no marido. A não ser que ela tenha percebido q não há mais amor nesta relação que os une. Sei lá... tõ filosofando demais... hehehe

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    1. Exatamente, amiga, algo já não estava bem pra despertar uma solução dessas depois de ler um livro.

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