quarta-feira, 15 de agosto de 2012

O livro que mudou de nome (Renata Lima)


Nossa Avaliação - 8.0
Mickey Haller é um advogado que vive de tribunal em tribunal defendendo pequenos criminosos: porte de drogas, pequenos furtos, prostituição etc. Seu escritório é o banco de trás de um Lincoln e seus ajudantes são seu motorista e ex-policial.

Ao decidir defender o rico playboy de Beverly Hills  Louis Roulet, preso por agressão e tentativa de estupro contra a prostituta Regina Campo, Mick imagina alavancar sua carreira. Acontece que a versão da prostituta é muito diferente da versão de Louis. 

Mick acredita na versão de Louis e, ao perceber que tem um inocente em suas mãos, vai buscar brechas na lei americana para tentar livrá-lo da cadeia de todas as formas possíveis e imagináveis.

Ao mesmo tempo, a máxima de Mick é "Não existe cliente tão assustador quanto um cliente inocente” e por isso ele logo fica "encafifado" com alguma coisa no caso Louis e tem a impressão de que algo não se encaixa naquela história toda.

A morte de uma pessoa próxima (o tal ex-policial que o ajudava nas investigações) faz com que Mick repense seus conceitos, tente defender sua família, agora em constante perigo, e vá em busca da verdade. É assim que ele volta a um caso antigo, no qual ele conseguiu um acordo para um cliente que sempre alegava inocência, mas em quem Mick nunca acreditou.

O desdobrar do livro é fascinante e, embora o tema principal possa parecer o julgamento em si, não é! É justamente a dicotomia inocência x culpa, de bem x mal. E de como reagir a toda essa informação de que a maldade existe e que ela está mais perto de nós do que imaginamos.

Há também uma certa reflexão quanto ao pré-julgamento que todos fazemos quando conhecemos/avistamos outras pessoas. O rico esbanjador e mulherengo, o negro membro de gangue, o latino traficante e por aí vai.

Quero abrir um parêntese para falar da tradução dessa primeira edição. Péssima, sofrível, quase tirando o brilho do livro. Já me disseram que as edições posteriores foram melhoradas. E que, quando o livro saiu com o nome "O Poder e a Lei", para o título ser igual ao título do filme, houve uma nova revisão mais refinada.  Realmente espero que sim, porque não basta trocar o nome do livro, né?

Quanto ao filme, sou muito suspeita para opinar. Gostei muito, principalmente da escalação do elenco: tem Ryan Phillippe como Louis, Marisa Tomei como uma das ex-esposas de Mick, Michael Paré, Michael Peña, John Leguizamo e o maravilhoso Matthew McConaughey como Mick. O roteiro do filme é do próprio autor do livro Michael Connelly com John Romano como co-roteirista. Vale a pena conferir!!!

Connelly escreveu um outro livro com a continuação da história do advogado Mick Haller. Chama-se "Veredicto de Chumbo" e foi publicado pela Suma de Letras e não pela Record, como o "Advogado de Porta de Cadeia".

O filme do segundo livro já está em pré-produção. Logo que eu ler, coloco a resenha aqui!

2 comentários:

  1. pergunta básica: vc ainda tem ou já foi pro sebo? kkk

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  2. Confesso que quando vi que vc estava lendo esse livro, achei estranho. O título do livro é esquisito, mas ao mesmo tempo, pouco interessante.
    Mas pela história, parece bom.
    Bjnhs meninas!!!

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