segunda-feira, 27 de agosto de 2012

A volta de Harlan Coben com Mickey Bolitar (Carla Cristina Ferreira)


Para quem não conhece Harlan Coben aqui vai uma dica: vale a pena encarrar os livros do autor! Primeiro porque são baratos, de leitura rápida e sem erros, e segundo porque são instigantes. 

A Renata já resenhou alguns livros do autor aqui e eu também já dei a minha pequena contribuição falando de seus personagens mais carismáticos - Myron Bolitar e Win - em um post especial. Agora é a vez de outro personagem tomar conta do pedaço: Mickey Bolitar, sobrinho de Myron, e protagonista de “Refúgio”. 

Se você não leu os livros anteriores não se preocupe, porque esta história é independente das outras, mas se você é fã de carteirinha e já devorou todos os livros, basta saber que “Refúgio” começa exatamente onde “Alta Tensão” parou. 

Nossa Avaliação - 7.5
Aqui, Mickey passa a morar com o tio e a levar uma vida “normal”, após passar anos levando uma vida itinerante com os pais. O problema começa quando sua namorada desaparece misteriosamente sem deixar rastros e ele resolve descobrir o que houve com ela. 

Daí em diante a trama volta ao passado de Mickey, uma época feliz em que vivia com os pais, e aos poucos vai descobrindo que o desaparecimento de Ashley pode estar envolvido com o fim da melhor fase da sua vida, antes do seu mundo desmoronar. 

Mickey é muito parecido com seu tio Myron, não apenas por ser ótimo jogador de basquete, mas também pelo caráter: não se importa de conviver com os excluídos socialmente (pessoas acima do peso, nerds, góticos, ou simplesmente excêntricos demais) e está sempre disposto a enfrentar qualquer um para salvar a pele de um amigo, custe o que custar. 

O único problema de “Refúgio” é que, para quem leu os demais livros, a gente fica louco de vontade de ver Myron em ação: a pouca participação do personagem deixar o leitor um pouco desapontado e sempre esperando que ele tome as rédeas da situação. Por que afinal de contas Mickey não passa de um adolescente de 15 anos que não tem “condições” para lidar com situações “de alta complexidade” como encarar cinco brutamontes adultos sem a ajuda de ninguém, por exemplo. 

Sobrinho e tio são tão parecidos que às vezes para que Mickey é filho de Myron: a lógica que ambos usam para referenciar pessoas que não conhecem é a mesma – Colherada, Camisa de Rendinha e por aí vai. Mesmo sendo um pouco sarcástico como o tio, o personagem carece da ironia de Myron e no geral sente-se muita falta dos diálogos irônicos com Win. 

Em alguns momentos o livro me lembrou um pouco de Harry, Ron e Hermione: a história de três adolescentes que têm que resolver tudo sozinhos, mas sem a mágica; bem pé no chão, o que às vezes torna a situação um pouco absurda, mas sem desmerecer o excelente trabalho do autor, que não é bobo nem nada e já deixou um gancho para um segundo livro com Mickey. 

O jeito é ficar na torcida para ver se a nova dupla dinâmica será Mickey e Myron ou e o que mais nos aguarda. Boa leitura! 





4 comentários:

  1. Já li "Não conte a ninguém" do autor e adorei.
    Tenho outros livros dele que estão em minha lista de leitura - Jogada Mortal, Quebra de Confiança, Alta Tensão, Refúgio, é claro, entre outros.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Você vai adorar os livros do Myron, do Mickey também...
      Na minha opinião "O Jogada Mortal" é o melhor.

      Excluir
  2. O que??? Não tem Win e Myron? Absurdo. Não quero ler mais não!

    Tá bom, vou dar uma chance ao Mickey!

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Tem só um pouquinho do Myron e nem sinal do Win. Snif snif
      Mas mesmo assim vale a pena.

      Excluir