quarta-feira, 13 de junho de 2012

E se fosse a sua filha? - pergunta John Grisham (Renata Lima)


Nossa avaliação - 7,5
"Tempo de Matar" é um livro denso, escuro, intenso, que diz a que veio no início, quando uma menina negra é estuprada brutalmente por dois bêbados. A narração do estupro e a frieza dos estupradores é de indignar qualquer ser humano com sangue quente nas veias.

Desesperado, o pai quer fazer com as próprias mãos depois que a polícia identifica e prende os estupradores de Tonya, dois homens muito conhecidos da vizinhança. No dia do julgamento, o pai vai armado com um único objetivo: matar os homens que tiraram a inocência da luz de sua vida.

A opinião pública se divide e o jovem advogado de defesa, Jack, terá que enfrentar  perseguições e violência, principalmente por parte da violenta Ku Klux Klan. É aí que nasce a história tão bem contada de John Grisham, que suscita várias perguntas: é correto vingar-se de quem cometeu tão hediondo crime? Sendo você um jurado, condenaria ou absolveria esse pai?

“Willard perguntou se Cobb achava que ela estava morta. Abrindo outra lata, Cobb explicou que não estava porque geralmente não era possível matar um crioulo com pontapés, pancadas ou estupro. Era preciso mais para se acabar com eles, uma faca, um revólver ou uma corda.”

O ponto positivo do livro é que ele nos faz refletir quanto à legitimidade de um ato cometido por desespero. Não se trata só de certo e errado, se trata de "e se fosse a minha filha?". O ponto negativo do livro é que muitas vezes o autor se perde em termos técnicos que, apesar de compreensível para nós, leigos, esfriam a história, quebrando o ritmo, dessensibilizando o leitor já envolvido no caso.

Em 1996 o livro foi adaptado para os cinemas com direção de Joel Schumacher e um elenco de estrelas: Samuel L. Jackson como o pai Carl, Sandra Bullock como Ellen Roark , Matthew McConaughey como o advogado de defesa. Ainda tem Kevin Spacey e Donald Sutherland entre outros! É um dos melhores filmes de tribunal que já vi na vida e pra quem leu o livro é como o livro deveria ter sido: menos técnico e mais narrativo.

6 comentários:

  1. Não li o livro, mas gostei muito do filme. Na verdade, nunca li nada dele. Tem algum pra me emprestar? Só aumentando a pilha... kkkk

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    1. Deixei no sebo aquele dia que fomos. Deixei esse, "O Dossiê Pelicano" e "A Firma".

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  2. E eu que cismei que o nome do autor é Josh Grisham e não John! kkkkk.

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  3. Embora o livro fora publicado em 1988, a história permanece atual e nos instiga a pensar a respeito, nos colocando no lugar do outro enquanto seres humanos.
    Bjnhs carinhosos !!!

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