sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Fazendo o próprio destino (Renata Lima)



Nossa Avaliação - 8.5
Hoje resolvi voltar com um dos clássicos que reli há pouco tempo e que tem todos os ingredientes de um bom romance dramático. 

Jane Eyre é uma órfã que está sob a guarda de uma tia rancorosa e vingativa. Depois de alguns acontecimentos que demonstram a índole tanto da tia quanto de Jane, a tia decide enviá-la para um internato, onde Jane cresce e descobre o que é a amizade e devoção. 

Após seis anos como aluna e dois anos como professora, Jane vai embora para ter preceptora de uma menina em na sombria e misteriosa Thornfield Hall, uma mansão cheia de barulhos e gemidos noturnos. Lá, Jane Eyre se apaixona pelo patrão, que parece nutrir o mesmo sentimento por ela.

Pela primeira vez na vida, Jane tem a mais pura sensação de felicidade, que só aumenta quando o Sr. Rochester, depois de muito galanteios, finalmente a pede em casamento.

Mas como nem tudo é lindo e, no dia do casamento, durante a cerimônia para ser mais precisa, o segredo escuso que rodeava a casa: o Sr. Rochester ainda é casado e sua esposa, que desenvolveu uma doença mental, é mantida trancada em um quarto no terceiro andar da casa. 

Edição Bilíngue da Landmark
Deprimida, sentindo-se traída e devastada pela dor, Jane ainda ouve o Sr. Rochester pedir que ela fique como sua amante. Mas Jane não aceita porque não foi criada assim e imagina o falatório e a condenação por parte da sociedade. 

Jane vai embora com recursos limitados e depois de quase morrer, é acolhida na casa John Rivers e suas irmãs.  Ali Jane faz algumas descobertas quanto á sua própria família e passa a viver com eles como uma irmã, mesmo quando descobre que herdou uma grande herança um tio. 

Em dado momento, quase um ano depois de Jane aparecer na casa, John Rivers resolve viajar como missionário e quer desposar Jane. .Mas será que Jane conseguirá ser feliz longe do Sr. Rochester e sua filha?

O que é mais interessante no livro, escrito em 1847, é que ele não consegue ser chato. É claro que existem partes mais paradas e algumas partes que dá vontade de pular, mas no geral o livro é muito interessantes e a história é muito bem narrada.

Há uma identificação com Jane Eyre, por toda a sua história de vida, e porque ela não é só uma mocinha romântica, que escolhe "sobrar de vítima das circunstâncias", como diria Lulu Santos. 

Ela é uma mulher que não quer ascender socialmente através do casamento e uma das poucos mocinhas que efetivamente tem um emprego e que toma o próprio futuro nas mãos e decide o que vai fazer com a própria vida.

A última edição que li foi essa edição bilíngue da Landmark e confesso que vira e mexe eu me pegava lendo a versão em inglês!

Há várias adaptações de Jane Eyre, umas muito elogiadas, outras criticadas da pior forma possível. A última que eu vi foi essa aqui do lado, de 2011, que estreou há pouco tempo no Telecine e será exibido novamente no dia 06/11 no Telecine Pipoca. 


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