quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Os primórdios do herói mascarado (Carla Cristina Ferreira)



Apesar do pouco tempo, já deu para notar alguns temas recorrentes aqui no blog; alguns são nossa paixão: vampiros, mitologia grega, terror, suspense... Para aumentar mais um item, surge um personagem que sempre me fascinou (seja em filmes, livros ou séries); falo de um herói mascarado, sem poderes e das antigas... Zorro!

Quem não viu o filme com Antonio Banderas, Anthony Hopkins e Catherine Zeta-Jones, A Máscara do Zorro (1998)? Ou a antiga série Zorro, da Walt Disney (1957) com (lindo) Guy Williams, que era transmitida pela Record em preto e branco e foi colorizada posteriormente? Eu não perdia um episódio (sempre passava no horário do almoço) e ficava vibrando com as aventuras de Don Diego, seu garanhão Tornado e seu criado/amigo/escudeiro Bernardo.

Nossa Avaliação - 8.0
Eu, que sou louca pelo personagem, fiquei curiosíssima quando em 2006 a Bertrand Brasil publicou o livro “Zorro – Começa a Lenda” de Isabel Allende. O livro mostra um lado diferente da história: a infância de Diego de la Vega e o processo de transformação de menino em homem e posteriormente no herói de espada e chicote.

A história se passa na Califórnia de 1790, na época colônia espanhola, e tem como pano de fundo o confronto entre colonos e índios que (assim como na nossa antiga colônia portuguesa) lutavam contra a conversão ao cristianismo e ao direito à suas terras; além das guerras napoleônicas em meio às ruas de Barcelona. Mas o foco está na construção do caráter e personalidade de Diego e Bernardo, aqui irmãos de leite que se aventuram juntos desde pequenos e passam a conhecer um mundo cheio de maldade, cobiça e hipocrisia.

Muita gente vai sentir falta do Zorro propriamente dito, pois Allende nos dá apenas um leve gostinho dele, deixando suas principais aventuras para as telas do cinema e da TV. Recheado de muita ação e aventura (com direito a piratas e tudo), o livro tem seus momentos cômicos e até tristes, principalmente em relação a Bernardo.

Uma das minhas cenas favoritas é de Diego brincando de “trapezista” nos mastros de um navio (de tirar o fôlego). Sem contar as cenas onde seu lado brincalhão e gozador tomam contam e nos fazem lembrar o Diego que ele será, ou melhor, do personagem que ele irá incorporar para enganar seus inimigos.

Allende nos descreve um herói de carne e osso, com virtudes e defeitos, que vive em um mundo cheio de contradições que atormentam a alma e nos brinda com uma leitura cheia de detalhes de uma época intensa e emocionante. Vale a pena embarcar nessa aventura!

3 comentários:

  1. Essa deve ser uma aventura e tanto. Quem sabe encaro algum dia...
    Bjs meninas

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    1. Sabe que nunca fui muito fã do Zorro? Talvez o livro possa mudar minha opinião...

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  2. Não preciso repetir que amo o Zorro.
    Qdo quiserem está disponível!

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